Nunca fui social-democrata da linha groucho-marxista
Ih, coitada! A bicuda lá continua se enrolando. Fui da repulsa à piedade, sem escalas. Só uma nota a respeito: mensagens deixadas no Twitter quase nunca são apenas pessoais, conversa privada. Quem recorre ao meio quer que os outros saibam e se expõe a reações. Mensagens pessoais, se o Obama deixar, são as transmitidas por […]
Ih, coitada! A bicuda lá continua se enrolando. Fui da repulsa à piedade, sem escalas. Só uma nota a respeito: mensagens deixadas no Twitter quase nunca são apenas pessoais, conversa privada. Quem recorre ao meio quer que os outros saibam e se expõe a reações. Mensagens pessoais, se o Obama deixar, são as transmitidas por e-mail, SMS, WhatsApp e afins. Não que os EUA devam ter tido acesso ao conteúdo do que pensa Dilma, por exemplo. Seria impossível, se é que me entendem… Nem a Agência Nacional de Segurança realizaria tal prodígio.
Quanto mais a outra lá se explica, mais se enrola. Ela, no entanto, tem razão numa coisa: não sou nem nunca fui tucano. Não sou nem nunca fui “social-democrata”, especialmente da linha groucho-marxista, que é a social-democracia à brasileira, como está a provar a ligeira senhora. Formuladora de políticas públicas não escreve “KKK”. Quem escreve “KKK” depois dos 15 pensa “KKK”. Eu sou Antero de Quental. A futilidade numa senhora madura me desagrada tanto quanto a gravidade numa criança.
A groucho-marxista tucana acha que o bom caminho é declarar-se tolerante com petistas e entrar em correntes de intolerância contra alguém que ela diz não ler — no que faz muito bem, já que nada do que escrevo pode ser do seu interesse. Nesse particular, crianças que pensam com alguma gravidade podem até entender o que vai aqui (embora devam brincar de outra coisa), mas não há chance de eu ser compreendido por, como direi?, maduros e maduras fúteis.
Ela que vá se instruir um pouco sobre política. Assim, dispensem-se de me mandar o que a velha adolescente anda tartamudeando por lá. Cheguei a achar que ela pudesse me despertar algum interesse além das futilidades de dondoca. Pfui… Parece que anda com falta de serviço, o que revela o estado das artes em certas áreas da oposição.
Ataque aos leitores
Para encerrar: a doida achou que um bom jeito de me ofender é atacar os leitores do blog, que ela classifica de membros de uma “seita”. Deve ser a seita das mulheres e dos homens livres, que não têm “chefes” nem regulam o que pensam segundo o poder de turno ou quem paga a conta. Ela deve saber que ler este blog não rende camisa a ninguém, não garante emprego, não assegura posições de comando em partidos, entidades etc. Quem vem aqui o faz apenas por gosto — nem que seja o gosto de detestar o que lê. Não há leitor deste blog que pudesse se justificar assim: “Adoro Fulano, mas agora meu chefe é Beltrano”. O único chefe dos membros desta “seita” são suas respectivas consciências. Quem pensa com cabresto se ofende ao saber que existem pessoas livres.