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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Nos Emirados Sáderes – Um homem que não tem medo do ridículo e da gramática

Sabem aquela foto de Dilma Rousseff, sobre a qual escrevi muito aqui? Pois é. Emir Sader, o habitante solitário daquele país mental chamado “Emirados Sáderes”, escreveu o seguinte, em sua gramática sempre destemida e muito pessoal (envia-me um leitor): “Que bom que uma foto como essa reflita um momento como esse, com essa cara de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h58 - Publicado em 8 dez 2011, 06h31

Sabem aquela foto de Dilma Rousseff, sobre a qual escrevi muito aqui? Pois é. Emir Sader, o habitante solitário daquele país mental chamado “Emirados Sáderes”, escreveu o seguinte, em sua gramática sempre destemida e muito pessoal (envia-me um leitor):

“Que bom que uma foto como essa reflita um momento como esse, com essa cara de dignidade, enfrentando seus algozes, que escondem seus rostos!
Que bom que essa foto reflita a cara de uma militante depois de 22 dias e noites das torturas mais cruéis – de pau de arara, choque elétrico, afogamento e outras violências físicas -, como não se quebra a coragem de um ser humano que se decidiu a lutar contra as injustiças!”

Eu me dispenso de analisar a sintaxe de Sader porque desisti de contar com esquerdista alfabetizado faz tempo. Como essa gente fala e escreve mal, Jesus! Adiante. Em primeiro lugar, cumpre destacar que a foto é de novembro de 1970, e Dilma foi presa em janeiro. Acho que os torturadores não esperariam 11 meses para fazer o serviço sujo, não é? A lógica do porão era quebrar a resistência do preso o mais rápido possível. Na ânsia de cantar as glórias de sua heroína, Sader se esqueceu desse detalhe. Se Dilma foi torturada, não deve ter sido pouco antes de ir ao tribunal, que fazia sessões legais e públicas.

Mas essa é só a parte tolinha de sua baba amorosa. Há aquela moralmente complicada. Quer dizer que, se Dilma aparecesse toda estropiada — e seria o normal “depois de 22 dias e noites das torturas mais cruéis – de pau de arara, choque elétrico, afogamento e outras violências físicas” —, ela seria menos digna, é isso? Sader está dizendo que o torturado é o responsável por sua boa aparência? Os de têmpera firme ficam como Dilma, altivos, e os molerões se abatem?

A esquerda já foi melhor. Não muito, mas foi.

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