Nobel da Paz argentino nega que o agora papa Francisco tenha tido vínculos com a ditadura
O argentino Adolfo Perez Esquivel, que está com 81 anos, é uma referência internacional em defesa da cultura da não-violência na América Latina e no mundo. Entre 1977 e 979, foi preso pela ditadura militar. Recebeu, em 1980, o Prêmio Nobel da Paz. Muito bem! Com as credenciais que tem, Esquivel assegura: o papa Francisco, […]
O argentino Adolfo Perez Esquivel, que está com 81 anos, é uma referência internacional em defesa da cultura da não-violência na América Latina e no mundo. Entre 1977 e 979, foi preso pela ditadura militar. Recebeu, em 1980, o Prêmio Nobel da Paz. Muito bem! Com as credenciais que tem, Esquivel assegura: o papa Francisco, quando superior da Ordem dos Jesuítas na Argentina ou quando cardeal, NÃO TINHA VÍNCULOS COM A DITADURA. Ele faz a ressalva de que havia, sim, religiosos comprometidos com o regime, mas não Bergoglio.
Pois é… A questão é saber quem faz a acusação, que se espalhou mundo afora nesta quarta. O autor é o agora jornalista kirchnerista (Santo Deus!!!) Horacio Verbitsky (ainda voltarei a ele), um ex-terrorista montonero. O testemunho de Perez Esquivel, sendo quem é, deveria bastar para pôr fim à rede de difamação. Mas não cessará tão cedo, a menos que o papa apareça na televisão defendendo uma pauta “progressista”: aborto, casamento gay, pesquisa com embriões humanos, eutanásia, essas coisas consideradas “modernas”. No extremo do delírio, seria garoto-propaganda de preservativos. Que tal, hein?
Se o papa fizer o que querem as patrulhas, então eles topam corrigir o seu passado, repondo a verdade no lugar da mentira. Sem isso, continuarão a dar trela a um ex-terrorista e hoje chicaneiro de um regime que quer calar a imprensa livre e que está associado a bandidos e mafiosos.
Segue, em espanhol, texto publicado no Clarín.
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Perez Esquivel: “Bergoglio no tenía vínculo con la dictadura”
El Premio Nobel de la Paz Adolfo Pérez Esquivel dijo hoy que su compatriota, el flamante papa Francisco, hasta ayer el cardenal argentino Jorge Bergoglio, “no tenía vínculo con la dictadura” argentina, como mencionan algunos críticos del nuevo Pontífice.
“A Bergoglio se lo cuestiona porque se dice que no hizo lo necesario para sacar de la prisión a dos sacerdotes, siendo él el superior de la congregación de los Jesuitas”, agregó. “Pero yo sé personalmente que muchos obispos pedían a la junta militar la liberación de prisioneros y sacerdotes y no se les concedía”, añadió el Premio Nobel de la Paz 1980.
La cadena británica cita que los cuestionamientos a Bergoglio tomaron mayor envergadura cuando “el diario Página 12 publicó en 2010 un informe en el que se lo acusaba de haber colaborado con las autoridades de la época”. Y agrega que “el periodista Horacio Verbitsky recogió testimonios de personas que aseguraron que, mientras era superior de la congregación jesuita en Argentina, Bergoglio había retirado su protección a dos sacerdotes de su orden que realizaban tareas sociales en barrios marginales”.
Los dos religiosos -Orlando Yorio y Francisco Jalics- fueron detenidos en mayo de 1976 y permanecieron en cautiverio durante cinco meses en la Escuela Mecánica de la Armada (ESMA) hasta que fueron liberados.
En su libro autobiográfico “El Jesuita”, publicado en 2010, Bergoglio rechazó las acusaciones afirmando: “Hice lo que pude con la edad que tenía y las pocas relaciones con las que contaba, para abogar por personas secuestradas”.