No Estadão Online, terrorismo é chamado de “ativismo”
Fico verdadeiramente emocionado quando leio Cesare Battisti ser chamado, como vejo agora no Estadão Online, de “ex-ativista”. O próprio Battisti admite em seus livros que pertencia a um grupo terrorista. O “Proletários Armados pelo Comunismo” matava civis inocentes para alcançar seus objetivos. Até Lênin, em vários textos, chamou essa prática de “terror”. E, saibam, ele […]
Fico verdadeiramente emocionado quando leio Cesare Battisti ser chamado, como vejo agora no Estadão Online, de “ex-ativista”. O próprio Battisti admite em seus livros que pertencia a um grupo terrorista. O “Proletários Armados pelo Comunismo” matava civis inocentes para alcançar seus objetivos. Até Lênin, em vários textos, chamou essa prática de “terror”. E, saibam, ele a combatia! Não no Estadão: isso é “ativismo”. Como Battisti não é mais um “ativista” de arma na mão, então é “ex-ativista”. Reitero: ele não nega que seu grupo praticasse atos terroristas; ele nega, contra as evidências, que ele próprio tenha matado pessoas.
Se Battisti e seu grupo são “ex-ativistas”, a Al Qaeda é apenas um grupo de atuais ativistas. Como a turma do PAC, os extremistas islâmicos também têm uma causa. A exemplo dos italianos, acham que matar alguns inocentes para alcançar seus objetivos faz parte do jogo.
Fico curioso agora para saber o que o Estadão passou a considerar “terrorismo”. Há um número mínimo de mortos, é isso?