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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

“Ninguém governa sem o PMDB”, diz vice de Marina. Ah, bom! Ou: De tomadas e nariz de porcos

Atenção para esta fala: “Ninguém governa sem o PMDB, mas não é preciso entregar o governo para o PMDB para ter governabilidade. Assim como não precisa entregar o governo ao PSDB se nós vamos ter quadros do PSDB governando. Ou seja, o governo tem um programa, esse é o nosso pilar de negociação, entendimento e […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h04 - Publicado em 17 set 2014, 17h17

Atenção para esta fala: “Ninguém governa sem o PMDB, mas não é preciso entregar o governo para o PMDB para ter governabilidade. Assim como não precisa entregar o governo ao PSDB se nós vamos ter quadros do PSDB governando. Ou seja, o governo tem um programa, esse é o nosso pilar de negociação, entendimento e escolha daqueles que terão funções. Por que eu, no governo, tenho que perguntar para Renan Calheiros quem devo indicar para ministérios ou para a Transpetro? Não que as indicações de partidos e lideranças sejam ruins. Mas tem que ter perfil”.

A afirmação é do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (PSB), em entrevista ao Estadão. Aos poucos, como se vê, o discurso da chamada banda dos “sonháticos” vai se tornando mais “realático”. O que vai acima, diga-se, seria endossado por qualquer partido. Afinal, ninguém admite que as indicações obedeçam a critérios puramente políticos. Sempre se vai alegar que o sujeito indicado é competente.

É claro que a fala de Albuquerque ainda aponta para aquela história de só governar com os melhores, mas há mais do que uma discreta inflexão no discurso. Quanto mais o poder se torna uma possibilidade palpável, mais próximos Marina e ele próprio vão se tornando da realidade. É evidente que ninguém tem de perguntar nada a Renan, mas, como sabe o candidato a vice, para que se tenha o necessário apoio do partido de Renan, é preciso que a escolha conte com o endosso da legenda. Afinal, Marina e seu parceiro sabem muito bem que de pouco adianta ter um peemedebista na equipe sem o… PMDB! A esse realismo se entregaram todos, e também se entregará Marina se for eleita.

É certo que o realismo exclui o surrealismo, né? Nomear, por exemplo, Edison Lobão para as Minas e Energia, um homem que não distinguiria uma tomada das antigas do nariz de um porco, não é realismo, mas só um agrado a Sarney. A propósito: creio que a tomada jabuticaba inventada no Brasil só tenha o propósito de distingui-la do nariz de um porco para evitar que Lobão se confunda.

E, sim, Beto Albuquerque voltou a abusar da nossa paciência ao afirmar que o caso do avião não é assunto do PSB. Pois é… Isso significa que, se a turma vencer a eleição, já começa com um jatinho no armário. Não é bom.

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Quanto ao mais, saúdo a adesão do marinismo à realidade. Mas sem Lobão, por favor!

 

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