Nicolás Maduro, o perfeito quadrúpede latino-americano
Nicolás Maduro, o presidente ilegal da Venezuela, que vai disputar uma eleição em condições igualmente ilegais — mesmo para os padrões tão exóticos do bolivarianismo —, continua a desfilar por aí com o cadáver de Hugo Chávez. Veio a público ontem para fazer dois anúncios importantes: o primeiro é que os especialistas russos e alemães […]
Nicolás Maduro, o presidente ilegal da Venezuela, que vai disputar uma eleição em condições igualmente ilegais — mesmo para os padrões tão exóticos do bolivarianismo —, continua a desfilar por aí com o cadáver de Hugo Chávez. Veio a público ontem para fazer dois anúncios importantes: o primeiro é que os especialistas russos e alemães chamados para cuidar do embalsamamento do candidato a múmia acreditam, diz ele, que isso já não é mais possível. O processo deveria ter começado mais cedo e coisa e tal. Como Chávez já está lá apodrecendo e procriando há dez dias…
O que é verdade nessa pantomima, o que é mentira? Ninguém sabe! Quando Maduro anunciou o embalsamamento, muita gente estranhou. Então um cadáver desfila por sete horas dentro de um caixão, debaixo de um sol escaldante, para ser exposto em seguida por alguns dias e só então se vai embalsamá-lo? Fontes militares disseram a um jornal espanhol que Chávez morreu em Cuba e que aquele cortejo conduziu um caixão com um peso morto, sim — mas não era o corpo do ditador.
Vai saber o que se passa lá no hospício chavista… Talvez Maduro tema que comece a prosperar a história, muito provável, de que milhões prantearam não mais do que algumas traquitanas escondidas num caixão. Nessa perspectiva, melhor, então, enterrar logo o coronel, viver da sua memória e cuidar das eleições.
O segundo anúncio importante de Maduro já está relacionado à escolha do papa Francisco. Segundo disse, Chávez fez lá um lobby junto a Deus para que o indicado fosse um latino-americano, entendem? Vai ver, então, o coronel anda brigado com Cristina Kirchner, né? A presidente da Argentina detestou a escolha.
Bons tempos aqueles em que Plinio Apuleyo Mendonza, Carlos Alberto Montaner e Alberto Vargas Llosa escreveram o “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano”, apontando a tacanhice das esquerdas do subcontinente. As coisas eram ruins e depois ficaram piores. Na primeira versão da obra, até FHC apanhou por alguns desvios à esquerda. Hoje em dia, os expoentes do esquerdismo na região são Maduro, Rafael Correa, Evo Morales e Cristina Kirchner.
Hora de escrever o “Manual do Perfeito Quadrúpede Latino-Americano”. O Brasil está um tantinho melhor. Ficou com os idiotas.