NÃO FALEI QUE DARIA TUDO ERRADO, BEBEL? CONFIE EM MIM!!!
Bebel, a presidente da Apeoesp — aquela, vocês sabem, que concedeu uma entrevista com a perna peluda (segundo seu próprio testemunho, e só por isso ficamos sabendo dessa particularidade) — admitiu ontem que a adesão à greve, que nunca existiu, caiu!!! E a que ela atribui a não-adesão? Àquilo que chamou “intolerância do governo”. Não […]
Bebel, a presidente da Apeoesp — aquela, vocês sabem, que concedeu uma entrevista com a perna peluda (segundo seu próprio testemunho, e só por isso ficamos sabendo dessa particularidade) — admitiu ontem que a adesão à greve, que nunca existiu, caiu!!! E a que ela atribui a não-adesão? Àquilo que chamou “intolerância do governo”.
Não sei se entendi direito, mas parece que Bebel gostaria que o governo colaborasse com a greve… É impressionante que esta senhora esteja há tanto tempo no movimento sindical. Há 15 anos não sabe o que é pegar num giz. Duvido que ainda se lembre de uma Oração Subordinada Adverbial Consecutiva Reduzida de Infinitivo… Ontem ela se reuniu com o secretário Paulo Renato (Educação) e hoje comanda uma nova assembléia na Avenida Paulista. O que vão queimar desta vez? As vestes?
Parece que falhou o anunciado objetivo de “quebrar a espinha do governo tucano”. E não que tenha faltado apoio da imprensa a esta pensadora e revolucionária da educação. O que faltou mesmo foi professor na sua greve, assumidamente política.
A greve deu errado por uma razão simples: existe um plano de carreira em curso que está rendendo frutos. Os professores se negaram a participar da aventura de Bebel e dos queimadores de livro. Se ela tiver juízo, encerra oficialmente o movimento e senta para negociar. Como devem fazer as pessoas civilizadas.
E seria civilizado também se desculpar com a população e, em especial, com as crianças pobres de São Paulo prejudicadas por seu movimento. Foram poucas, é verdade, já que o movimento quase não existiu.
Ah, sim: agora, as reivindicações da Apeoesp se concentram em receber os dias parados. É mesmo? Espero que o governador Alberto Goldman lembre aos valentes uma coisa simples: salário recebe quem trabalha; não é maná; não é dádiva da natureza. Tão logo as aulas sejam repostas, pagamento; sem reposição, nem mesmo um tostão! É simples! Ou Bebel espera que a gente financie as suas aventuras?