Minha coluna na Folha: “PT morre. E maçã com cerejas”
Leiam trecho: Não disputo o poder e, para mim, ganhe este ou aquele, a vida segue a mesma. Os petralhas ainda não conseguiram a minha cabeça na bandeja, rodeada de cerejas e com uma maçã na boca, embora já tenham tentado algumas vezes. Gostam de propor trocas indecorosas aos contratantes, até agora rejeitadas. Pouco afeitos […]
Leiam trecho:
Não disputo o poder e, para mim, ganhe este ou aquele, a vida segue a mesma. Os petralhas ainda não conseguiram a minha cabeça na bandeja, rodeada de cerejas e com uma maçã na boca, embora já tenham tentado algumas vezes. Gostam de propor trocas indecorosas aos contratantes, até agora rejeitadas.
Pouco afeitos ao trabalho duro, os companheiros ignoram que tenho outras habilidades além de juntar coordenadas e subordinadas. E nenhuma delas é executada de joelhos ou depende de patrocínio da Petrobras ou de estatais que virarão, cedo ou tarde, caso de polícia.
E porque não disputo o poder, a irritação ou o gozo que me provoca a política são, vá lá, puramente intelectuais. E, ora vejam, vou me irritando ou gozando cada vez menos com ela. Para que algo excite a nossa imaginação, é preciso haver “encantamento”, palavra oriunda do mesmo manancial semântico de que vêm o canto e o poema. Pesquisem. Irrita-se aquele que se deixa estimular, excitar, que se sente instigado. Encantamento e irritação são expressões benignas de importar-se.
No meu próximo artigo, defendo o impeachment da Dilma. Neste, permitam-me que expresse o tédio que essa gente provoca em mim. O tédio é parente do ódio, mas se trata de uma aversão mais contida, mais serena, mais preguiçosa. E me enfadam menos os donos do poder, que estão por aí tentando achar uma saída, uma desculpa, uma trilha culposa que os livre do dolo e da cadeia, do que seus escribas.
(…)
Leiam a íntegra aqui.