MINHA COLUNA NA FOLHA: “Direita transante”
Foi o fascismo juvenil e anti-intelectualista de 1968 que fez com que o esquerdismo passasse a se confundir com um libertarismo
Leiam trecho:
A Folha publicou na sexta passada (7) uma entrevista com Pedro Augusto Ferreira Deiro, um dos fundadores do MBL (Movimento Brasil Livre). Quando ele não está debatendo reforma da Previdência ou a PEC do teto de gastos com seus pares, é porque se encontra no palco como Pedro D’Eyrot, membro do Bonde do Rolê, que junta funk, música eletrônica e pop.
E há dois outros ingredientes na mistura: ironia e humor, produtos cada vez mais escassos num país obscurecido por ignorâncias de esquerda e de direita. E não que a virtude esteja no meio. Nunca está. No meio, sempre há um acerto condescendendo com um erro.
Na entrevista, Pedro cravou a expressão “direita transante”, que incendiou as redes sociais. Caetano Veloso, claro!, demonstrou algum interesse pela coisa, saudando um desejável ambiente de pluralidade. Lembrou a tacanhice pregressa da esquerda em matéria de comportamento. Foi o fascismo juvenil e anti-intelectualista de 1968 que fez com que o esquerdismo passasse a se confundir com um libertarismo.
Do ponto de vista teórico, aqueles “assaltantes do céu” nada deviam ao marxismo. Não por acaso, os ortodoxos os consideravam uns degenerados. E, do ponto de vista da teoria revolucionária, eram mesmo.
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