Meu artigo de hoje no Estadão sobre um palestra de Marilena Chaui a jornalistas, CFJ e atividades que requerem “deproma”
“A Liberdade Conduzindo o Povo”, de Delacroix: sou generoso com Madame…Abaixo, segue um trecho do meu artigo de hoje no Estadão. Chama-se “A revolução da boçalidade”. Comento a intervenção de Marilena Chaui no 32º Encontro Nacional dos Jornalistas, promovido pela Fenaj, a federação da categoria, e a decisão da entidade de voltar a defender a […]

Abaixo, segue um trecho do meu artigo de hoje no Estadão. Chama-se “A revolução da boçalidade”. Comento a intervenção de Marilena Chaui no 32º Encontro Nacional dos Jornalistas, promovido pela Fenaj, a federação da categoria, e a decisão da entidade de voltar a defender a criação do Conselho Federal de Jornalismo e de apoiar um projeto que amplia de 11 para 23 as atividades profissionais que só poderiam ser exercidas por jornalistas diplomados. “A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) realizou em Ouro Preto o 32º encontro da ‘catchiguria’. Jornalistas empregados não puderam comparecer. Estavam trabalhando – uma exigência de seus patrões malvados, que comem a vovozinha. Deveriam comer Chapeuzinho. O Vermelho. A palestra de abertura, no dia 5, foi feita por Marilena Chauí, uma estranha e ambivalente criatura. Como petista, é filósofa; como filósofa, é petista. No partido, é uma inoperante prática; na filosofia, uma extravagante teórica. (…) O funk filosófico de Madame impressiona. Até o PT chegar ao poder, não havia ‘pensadora’ mais midiática do que ela. De Spinoza a ovo frito, dava palpite na Folha sobre tudo. Encarnava o eterno feminino e revolucionário, aquela figura rechonchuda de A Liberdade Conduzindo o Povo, de Delacroix (…), só que tornada ainda mais palpitante pelo sol dos trópicos. (…) E o que querem os valentes [da Fenaj]? Voltaram a defender o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), um órgão que pretendem apto até a cassar o registro dos jornalistas que não se ajoelharem no altar de suas taras ideológicas. E vão adiante: mantêm a luta pela obrigatoriedade do diploma e dão apoio a um projeto boçal, aprovado no Senado, que amplia de 11 para 23 as funções que só podem ser exercidas por diplomados. Até o câmera, coitado!, terá de ouvir as sharias pucuspianas contra a imprensa burguesa.” Para assinantes, íntegra aqui.