Mercado vê fundo do poço ainda distante
Por Renée Pereira, no Estadão:As incertezas sobre o tamanho da exposição dos bancos no mercado imobiliário dos Estados Unidos ainda não permitem enxergar uma luz no fim do túnel para a crise americana, afirmam analistas. A cada dia surgem novos candidatos à bancarrota – como Merrill Lynch, Lehman Brothers e Goldman Sachs -, que assustam […]
Por Renée Pereira, no Estadão:
As incertezas sobre o tamanho da exposição dos bancos no mercado imobiliário dos Estados Unidos ainda não permitem enxergar uma luz no fim do túnel para a crise americana, afirmam analistas. A cada dia surgem novos candidatos à bancarrota – como Merrill Lynch, Lehman Brothers e Goldman Sachs -, que assustam os investidores e provocam movimentos bruscos nos mercados.
Na opinião do economista da MCM Consultores José Júlio Senna, esse comportamento está longe de acabar. “Há uma série de fatores de pressão sobre a base de capital dos bancos comerciais, como perdas em créditos hipotecários e deterioração da qualidade dos ativos em decorrência do quadro recessivo. Com toda essa pressão, é difícil que os problemas sejam resolvidos rapidamente.”
Além disso, diz o economista, a perspectiva é de novas quedas de preço, em especial onde tudo começou, no setor imobiliário. Ele acrescenta que os preços dos imóveis já caíram 10% e, provavelmente, cairão outros 10% nos próximos meses. “Nesse quadro, a oferta de crédito pelos bancos demorará a se recompor. O problema é que a economia é movida a crédito.”
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