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Reinaldo Azevedo

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Mercado espera inflação maior em 2012

Na Folha: A mudança no tom da comunicação do Banco Central na semana passada, em nota divulgada após nova elevação da taxa básica de juros (Selic) para conter a inflação, despertou desconfiança de economistas em relação ao combate à alta de preços. Pesquisa divulgada pela autoridade monetária, feita entre 18 e 22 de julho, mostrou […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h17 - Publicado em 26 jul 2011, 05h37

Na Folha:
A mudança no tom da comunicação do Banco Central na semana passada, em nota divulgada após nova elevação da taxa básica de juros (Selic) para conter a inflação, despertou desconfiança de economistas em relação ao combate à alta de preços. Pesquisa divulgada pela autoridade monetária, feita entre 18 e 22 de julho, mostrou que as expectativas para a inflação no ano que vem subiram de 5,20% para 5,28%. As principais alterações nas apostas ocorreram nos dois últimos dias da semana passada. Na quarta-feira, o BC havia elevado a Selic para 12,5% ao ano. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a inflação está num “pouso suave” – expressão usada pela presidente Dilma Rousseff dias antes. A avaliação de especialistas, no entanto, é de que o BC deu poucas informações no comunicado divulgado após sua última reunião, o que provoca “ruídos” na comunicação com o mercado.

A autoridade monetária retirou da nota a expressão sobre um ajuste “suficientemente prolongado”, o que alimentou previsões de que o BC vai parar de subir os juros. “O BC criou um pouco de ruído na gestão das expectativas de inflação, o que pode provocar um problema lá na frente”, avalia o economista da LCA Bráulio Borges. O risco é que as expectativas de inflação alta fazem com que produtores e prestadores de serviços antecipem reajustes- criando mais pressão sobre os preços.

TRÉGUA
O economista André Perfeito, da corretora Gradual, acredita que o cenário externo deve ajudar o BC no combate à inflação. Segundo ele, o cenário internacional trará uma trégua para os preços das matérias-primas. Mas vê falha na comunicação do BC. “Estamos num momento de incertezas. Se o BC não for claro sobre o que vai fazer fica difícil”, diz. O ministro Mantega estima que os preços no Brasil tendem a recuar em julho e agosto. Ele lembra que, em junho, a inflação já foi mais baixa que em maio. Aqui

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