Marina assina filiação em PV heterogêneo
Por Catia Seabra, na Folha: Ao assinar sua ficha de filiação ao PV, a senadora Marina Silva (AC) encontra hoje -a 13 meses das eleições- um partido ainda verde para a corrida presidencial. Além da necessidade de consolidação de palanques nos Estados e de revisão de um programa obsoleto, Marina terá que lidar com uma […]
Por Catia Seabra, na Folha:
Ao assinar sua ficha de filiação ao PV, a senadora Marina Silva (AC) encontra hoje -a 13 meses das eleições- um partido ainda verde para a corrida presidencial. Além da necessidade de consolidação de palanques nos Estados e de revisão de um programa obsoleto, Marina terá que lidar com uma bancada de deputados tão heterogênea que inclui até defensores da energia nuclear.
Adepto da adoção de código florestal regionalizado e do manejo até mesmo para extração de madeira da Amazônia, o engenheiro civil Ciro Pedrosa (PV-MG) chegou a apresentar um projeto para discussão da política nacional de energia nuclear. “Sou defensor da substituição das usinas a carvão vegetal e óleo combustível, na Europa e na Ásia, por usinas atômicas. Como somos ricos em urânio, podemos oferecer aos países urânio enriquecido”, diz.
O também mineiro Fábio Ramalho (PV) afirma que “energia nuclear é limpa”.
No partido, verdes tradicionais, como Alfredo Sirkis, Fernando Gabeira e Fabio Feldmann, coabitam com aprendizes, como o médico Dr. Talmir (SP) e o ex-garçom Lindomar Garçon (RO).
Propondo obras de grande impacto -como um trem de alta velocidade de São Paulo a Cuiabá ou um presídio federal no Amazonas- Talmir compara a medicina e a assistência social à política ambiental.
“Se sou contra o desmatamento, tenho que ser também contra o cigarro. Podemos falar simbolicamente: o cigarro queima a árvore da vida, que é o pulmão”, justificou Talmir, durante visita à Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau (SP).
Essa diversidade se reproduz pelos Estados. O PV -que, em Mato Grosso, chegou a participar do governo do produtor Blairo Maggi (PR)- apoia o PT da Bahia, o PP de Rondônia e o PSDB de São Paulo e de Minas. Aqui