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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

MAIS UMA DE AMORIM – BRASIL APÓIA UM ANTI-SEMITA PARA A UNESCO. ELE JÁ PROPÔS QUEIMAR LIVROS ESCRITOS EM HEBRAICO…

(Se você acha que o que vai a seguir não envergonha o país o suficiente, leia o post abaixo deste) A notícia circulou anteontem. Acabei não comentando por falta de tempo. Celso Amorim, o gigante da diplomacia brasileira — refiro-me a seu gigantismo óbvio, o físico —, negou ontem que seja candidato a diretor-geral da […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h39 - Publicado em 14 Maio 2009, 06h51
(Se você acha que o que vai a seguir não envergonha o país o suficiente, leia o post abaixo deste)
A notícia circulou anteontem. Acabei não comentando por falta de tempo. Celso Amorim, o gigante da diplomacia brasileira — refiro-me a seu gigantismo óbvio, o físico —, negou ontem que seja candidato a diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Segundo diz, o Brasil apóia para o cargo o nome do sul-africano Abdul Samad Minty. O mais engraçado é que ele atribuiu “à imaginação das pessoas” a sua candidatura. Sim, “das pessoas do Itamaraty” que plantaram a notícia na imprensa. Quando essa enormidade viu o pleito ligado à visita do Ahmadinejad ao Brasil, ele logo tratou de pôr o burro na sombra. Mas isso ainda é o de menos.

O Brasil tinha boas chances de emplacar o brasileiro Márcio Barbosa no comando da Unesco. Atualmente, ele é diretor-adjunto. Em vez disso, preferiu apoiar para o cargo o pintor Farouk Hosni, ex-ministro da Cultura do Egito. Segundo o Colosso de Rhodes da diplomacia, esse apoio é parte da política de aproximação do Brasil com os países árabes. Até aí, vá lá. Ocorre que Hosni é um anti-semita delirante — ou, se quiserem, “antijudeu delirante” (já que os puristas confundem categoria política com grupo étnico e lingüístico e afirmam que os árabes também são semitas…). Ele já declarou que queimaria livros em hebraico se os encontrasse em sua estante. Como se vê, é o homem certo para cuidar da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, não é mesmo? No dia 20, ele deve estar chegando para um encontro — ai, meu Deus! — de ministros e ex-ministros da Cultura dos países sul-americanos e árabes.

Imaginem a pauta de um encontro entre ministros e ex-ministros da Cultura desses países, com tantas identidades culturais… Imaginem um papo-cabeça entre Gilberto Gil e Farouk. Quem sabe o cantante consiga explicar ao egípcio queimador de livros o que Carlos Minc quis dizer quando afirmou que ele, Gil, era favorável à descriminação da queima de erva e neurônios. O Egito tem uma contribuição a dar nesse e em outros temas: masmorra. Adiante.

Amorim tem usado suas porta-vozes louras na mídia — refiro-me à lourice metafórica, é claro — para anunciar que o apoio ao queimador de livros é uma tática para concentrar os esforços do Brasil para emplacar Ellen Gracie no Órgão de Apelação da OMC. Ainda que fosse, isso não torna o egípcio alguém que pudesse contar com o apoio do Brasil. Mais um ato do governo brasileiro claramente hostil a Israel e aos judeus de maneira geral.

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Ademais, Ellen Gracie que tome cuidado. Amorim, até agora, só perdeu. Em linguagem típica das mesas-redondas de futebol, ao gosto do Apedeuta, em matéria de indicações para organismos multilaterais, o Colosso sempre foi surpreendido “pelo elemento surpresa que veio de trás”. Disputam a vaga Argentina, Costa Rica, México, Bélgica e Holanda. O Brasil é o favorito. Mas é bom tomar cuidado com a nossa vocação para levar olé da Argentina…

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