Maia promete decidir sobre convocação de ministro na terça
Por Denise Madueño e Eugênia Lopes, no Estadão: Depois de duas semanas de tentativas, os partidos de oposição conseguiram aprovar a convocação de Antonio Palocci para explicar na Câmara a multiplicação de seu patrimônio e suposto tráfico de influência praticado por sua empresa, a Projeto. No início da noite, em uma ação combinada com os […]
Por Denise Madueño e Eugênia Lopes, no Estadão:
Depois de duas semanas de tentativas, os partidos de oposição conseguiram aprovar a convocação de Antonio Palocci para explicar na Câmara a multiplicação de seu patrimônio e suposto tráfico de influência praticado por sua empresa, a Projeto. No início da noite, em uma ação combinada com os governistas, o presidente da Casa, Marco Maia (PT), decidiu suspender a decisão da Comissão de Agricultura, onde foi aprovado o requerimento, até a próxima terça-feira, quando dará a palavra final.
Até lá, Palocci ficará exposto a um crescente desgaste político. A aprovação da convocação ocorre um dia após senadores do PT terem cobrado explicações do ministro e do aumento do incômodo de petistas e aliados pela ausência de respostas às denúncias.
Antes de decidir pela suspensão, Marco Maia foi pressionado por parte da base que queria a anulação imediata da convocação. Houve um temor, no entanto, de que a oposição poderia conseguir uma liminar no Supremo Tribunal Federal validando a decisão da comissão. “Optei por tomar uma decisão equilibrada”, disse Maia.
Até semana que vem, ele pretende analisar as imagens, as notas taquigráficas e ouvir integrantes da Agricultura sobre a votação. Os governistas reuniram 30 assinaturas do total de 40 membros da comissão a favor da anulação da convocação.
Confusão. Com número suficiente para derrubar o requerimento, os governistas agiram de forma confusa e demoraram a perceber a estratégia da oposição na comissão, comandada pelo deputado Lira Maia (DEM). Na reunião da comissão, líderes do governo contabilizavam 28 votos, mas a votação simbólica não revelou essa maioria. Aqui