Lupi aposta no discurso eleitoreiro para aprovar lei
O governo pretende mesmo levar adiante a sua proposta? Vamos ver. O que dá para saber desde já — e o próprio Carlos Lupi, aquele show room dos Tabletes Santo Antônio, o confessa — é que se trata de uma arma eleitoral. Ou eleitoreira. Por isso mesmo, o risco de as empresas terem majorada a […]
O governo pretende mesmo levar adiante a sua proposta? Vamos ver. O que dá para saber desde já — e o próprio Carlos Lupi, aquele show room dos Tabletes Santo Antônio, o confessa — é que se trata de uma arma eleitoral. Ou eleitoreira. Por isso mesmo, o risco de as empresas terem majorada a carga tributária é grande. Leiam o que diz o valente, que rivaliza com Iracema, a que tinha os cabelos mais negros do que as asas da graúna ou o bigode do Sarney:
“Falta coragem, porque temos aí a maioria esmagadora de trabalhador (…) Estou querendo ver como vão fazer oposição a esse projeto.”
Entenderam?
Lupi está apostando que, em ano eleitoral, as oposições não vão querer levar na testa o carimbo de que se opõem à distribuição de lucros. E Lupi filosofa: “Reação sempre vai ter. A relação capital e trabalho sempre é conflitante.” É o que ele conseguiu aprender da luta de classes: uma espécie de mistura entre marxismo místico e fatalismo dialético.