Lula substitui Dilma em ato do MST e continua ataque a Temer: “Que dispute eleições”
Presidente era esperada mas não compareceu ao local porque diz estar negociando votos para tentar barrar o impeachment na Câmara
Hoje pela manhã, a presidente Dilma era aguardada no acampamento dos militantes do MTS no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, mas não compareceu, segundo sua assessoria, por estar negociando votos anti-impeachment. Mas mandou uma carta às lideranças do movimento, em que repete os ataques ao vice-presidente Michel Temer e seus opositores, chamando-os de golpistas e dizendo que vão acabar com benefícios sociais. Na carta: “Amanhã, domingo, na votação do impeachment, não estará em jogo o mandato de uma presidenta eleita, a primeira mulher eleita e reeleita no nosso país por mais de 54 milhões de votos. O que estará em jogo é o respeito às urnas e à vontade soberana do nosso povo. Estão em jogo, sobretudo, direitos, conquistas sociais e os avanços que com a participação de todos e todas vocês o Brasil alcançou nos últimos 13 anos”, escreveu.
Lula esteve no local e fez um discurso de 10 minutos para uma plateia inflamada. Segundo o movimento eram 1500 participantes, e vários políticos e líderes de esquerda presentes, como Guilherme Boulos, do MTST, e Carina Vitral, da UNE, o presidente do PT, Rui Falcão, a senadora Gleisi Hoffmann, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias (PMDB), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
O ex-presidente voltou a falar em golpe e disse que até ganhar a Presidência ele perdeu três eleições. “Agora, se o Temer quer ser presidente, que não tente através de um golpe. O PMDB é um partido grande. Ele pode se candidatar em 2018, e, então, vamos para as urnas, debater, convencer o povo quem é melhor para o país”; Novamente, Lula apelou a imagens da ditadura militar e a Getúlio Vargas.