Além das que disse por querer, Luiz Ignorácio da Silva, o candidato do PT, falou também uma porção de besteiras sem querer. Algumas têm peso simbólico, e outras dão conta do pântano em que estamos metidos. Fátima convidou: “O sr. tem 30 segundos para encerrar. Se o sr. se reeleger, o que o ser considera que corresponderá ao cumprimento de suas metas”. E Lula mandou brasa: “Pretendo continuar dando seqüência (Ai, Jesus) ao que estamos fazendo. Porque o Brasil vive o seu melhor momento econômico. No Brasil, cresce o emprego, cresce a economia, crescem as exportações. A única coisa que cai é o salário… “ E teve tempo de corrigir: “É a inflação, são os juros”. Antes, já tinha feito uma inversão interessante: “o combate à ética significa você permitir que as instituições façam as investigações que possam e precisam fazer”. É, o negócio desse governo é combater a ética… Mas a grande, a monumental, a muitas vezes amazônica besteira foi outra. Ao falar das fronteiras brasileiras, o Apedeuta demonstrou que não tem a menor noção de grandeza. Bateu o olho num papelucho e leu errado, confundindo milhar com milhão. Ao dizer que é preciso tratar da segurança com a maior seriedade, chutou: “Em primeiro lugar, o Brasil tem praticamente 17 milhões de quilômetros de fronteira” — e ele ainda tenta ser engraçado — “Não é (sic) dezessete metro (sic)”. E continuou: “Sete milhões, 760 de costa marítima e quase 9 milhões de fronteira seca”. Pára, pára tudo… O professor Lula está dizendo que há 7,76 milhões de quilômetros entre o extremo norte do Amapá e o extremo sul do Rio Grande do Sul??? Mas é grandeza demais da conta, chê! A distância máxima que a lua chega da terra é 475 mil quilômetros! O Brasil, medido pela costa, seria 16,33 vezes maior! E ele pede: “Este assunto merece a maior seriedade”. Claro! O diâmetro equatorial de todo o planeta é de 12,756 mil km, mas só o Brasil tem 17 milhões de fronteira. Eta gigante adormecido!!! Impávido colosso!!! E ele ainda trata fronteira seca como o oposto de fronteira marítima. Uma pequena confusão? Ligeira. Sobretudo quando ele nos cobra tratar “deste assunto com a maior seriedade”. Ok. Ele está aí. Eis o homem. Para ver toda a entrevista do
JN,
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