Lula no Guardian e no Independent: o que faltou
Os jornais britânicos The Guardian e The Independent trazem textos sobre a virada eleitoral de Lula. Ambos destacam essencialmente a mesma coisa: Lula chegou à beira do abismo por causa dos escândalos de corrupção, mas acabou se recuperando. Os dois jornais (vejam os links abaixo) tratam o Apedeuta com aquele misto de condescendência e curiosidade […]
Os jornais britânicos The Guardian e The Independent trazem textos sobre a virada eleitoral de Lula. Ambos destacam essencialmente a mesma coisa: Lula chegou à beira do abismo por causa dos escândalos de corrupção, mas acabou se recuperando. Os dois jornais (vejam os links abaixo) tratam o Apedeuta com aquele misto de condescendência e curiosidade que temos diante de espécimes exóticos. Ou com aquela reverência de quem penetra no coração das trevas. O Independent vai um pouquinho mais fundo na questão e lembra a gestão conservadora da economia sob o governo Lula (e o crescimento medíocre que ela produziu) em contraste com o discurso populista. Se vocês lerem direitinho, os textos se sustentam sobre um aparente paradoxo: mesmo num mar de lama, o homem se recuperou. Faltou aos dois jornais a análise de como se comportaram setores importantes das oposições nesse período e sua inestimável colaboração para que Lula conseguisse se recuperar. O Independent também informa alguns números sócio-econômicos do Brasil. Huuummm: doem mais quando vistos por um olhar estrangeiro. A miséria, definitivamente, tornou-se cativa da política. Outra pauta para os súditos da rainha: Lula se ligou às antigas estruturas coronelistas dos Estados e profissionalizou a indústria da pobreza, que passou a falar uma linguagem militante e ideológica. Com o apoio de uma parte da intelligentsia brasileira, finalmente convertida em burritsia bem remunerada pelo petismo. Para ler texto do Guardian, clique aqui. Para ter acesso ao do Independent, aqui.