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Reinaldo Azevedo

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Lula: em vez do acordo, a opção pelo sangue

Eu não sei quantos presidentes ligaram para o golpista Manuel Zelaya desejando “sorte” e “cuidado”. Sei e sabemos todos que Luiz Inácio Lula da Silva fez isso. Lá do Paraguai, onde estava para a reunião do defunto Mercosul. Dizer o quê? O gesto é consoante com a política externa Brasileira, cuja aproximação com delinqüentes não […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h14 - Publicado em 24 jul 2009, 21h08

Eu não sei quantos presidentes ligaram para o golpista Manuel Zelaya desejando “sorte” e “cuidado”. Sei e sabemos todos que Luiz Inácio Lula da Silva fez isso. Lá do Paraguai, onde estava para a reunião do defunto Mercosul. Dizer o quê? O gesto é consoante com a política externa Brasileira, cuja aproximação com delinqüentes não tem limites. Em breve, o país estará recebendo um líder terrorista, que financia o morticínio em dois países estrangeiros e prega a destruição de Israel, com todos os que estão dentro. Sim, estou me referindo a Ahmadinejad, o presidente do Irã. O Brasil também protegeu e protege o genocida do Sudão. Onde houver uma ditadura odienta, lá está o Itamaraty a dar apoio. Assim, Lula telefonar para se solidarizar com Zelaya nem chega a ser o extremo da delinqüência a que já chegou a nossa política externa.

Notem bem: o plano de Oscar Arias ainda está sendo avaliado pelo governo interino de Honduras, que jamais se disse outra coisa que não apenas “governo interino”. As eleições estão marcadas para daqui a quatro meses. Zelaya o descartou liminarmente pelas razões já aqui sobejamente explicitadas. A OEA, daquele inacreditável José Miguel Insulza, e o Brasil jamais acataram, de fato, essa mediação, seguindo, no caso, os passos de Hugo Chávez: eles querem a reinstalação de Zelaya no poder sem quaisquer condições.

Entenderam? Lula ligou para um presidente destituído que usa um país vizinho como apoio para insuflar a luta armada em sua terra de origem. Mais: está acompanhado de uma alta autoridade — no caso, o chanceler da Venezuela — de um outro país. Uau! É o Pacto de Varsóvia dos bandoleiros ameaçando invadir a Hungria… Isso em pleno 2009, nas tristes terras da América Latina. A infeliz posição do Brasil já era conhecida. O telefonema era, obviamente, desnecessário; soa como uma provocação das mais rasteiras.

Ora, Zelaya convocou o povo hondurenho, que não quer saber dele, à insurreição. Ao ignorar o esforço de Arias por uma solução negociada, Lula faz, então, a opção pelo confronto armado e pelo banho de sangue. Ou ele imagina que sairá barato se Zelaya tentar entrar mesmo no país? Ele certamente seria preso, mas os seus bate-paus tentariam o confronto, com o resultado que se imagina. Ainda que o bandoleiro, por qualquer motivo, viesse a ser reinstalado na marra, isso só se daria depois de muito sangue.

O telefonema de Lula é um ato politicamente irresponsável, temerário. De todas as decisões lastimáveis tomadas pela política externa brasileira, está me parece a pior. Porque se trata de incentivar o caos onde ele ainda não se instalou.

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