Lula chega ao Irã e encontra país dividido
Por Roberto Simon e Wilson Pedrosa, no Estadão: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcará hoje em Teerã num momento especialmente delicado não apenas para as relações do regime iraniano com o mundo, mas também para o contexto interno. A oposição promete novamente tomar as ruas, como fez em junho, quando denunciou fraude nas […]
Por Roberto Simon e Wilson Pedrosa, no Estadão:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcará hoje em Teerã num momento especialmente delicado não apenas para as relações do regime iraniano com o mundo, mas também para o contexto interno. A oposição promete novamente tomar as ruas, como fez em junho, quando denunciou fraude nas eleições.
Em exatamente um mês, os distúrbios provocados pela oposição para contestar a controvertida vitória eleitoral do presidente Mahmoud Ahmadinejad completarão um ano. Agora, a um mês do aniversário dos protestos, Teerã já estaria adotando medidas de segurança para reprimir novas manifestações.
Mir Hossein Moussavi, candidato derrotado por Ahmadinejad e líder do chamado “movimento verde”, de oposição, denunciou na semana passada a execução de cinco curdos acusados de conduzir atividades “contrarrevolucionárias”e “guerra contra Deus”, cuja pena é o enforcamento. Em seu site, Mousavi afirmou que as execuções buscam intimidar o movimento opositor. “A Justiça esteve a serviço dos opressores”, criticou. Segundo a ONG de direitos humanos Anistia Internacional, três dos acusados “foram torturados”.
Também na semana passada um repórter iraniano-canadense da revista Newsweek, Maziar Bahari, foi condenado em ausência a 13 anos de prisão e 73 chibatadas. Bahari foi preso no ano passado e, após sua libertação, refugiou-se em Londres. Aqui