Licitação nos Correios: nova guerra na empresa onde tudo começou
Por Sônia Filgueiras, no Estadão desta quarta: Depois de ser envolvida no escândalo do mensalão por conta do contrato que mantinha com a empresa SMPB, do empresário Marcos Valério, a área de publicidade da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) enfrenta outra crise. Concorrência orçada em R$ 90 milhões aberta para selecionar as três […]
O estopim da crise foi o resultado do julgamento dos recursos apresentados pelas empresas, divulgado na última sexta-feira. Em uma reviravolta incomum, as agências selecionadas na fase de análise das propostas técnicas da concorrência, encerrada no início de julho, foram desclassificadas na fase subseqüente, destinada à avaliação dos recursos.
Coincidentemente, duas das três empresas desclassificadas na fase de recursos têm entre seus sócios profissionais ligados ao governo Fernando Henrique Cardoso. As novas vencedoras, por sua vez, são conhecidas no mercado publicitário por sua proximidade com políticos do atual governo, em especial do PMDB, que tem em sua cota a presidência da estatal. Entre os participantes da concorrência, espera-se uma avalanche de recursos administrativos. Pelo menos duas empresas estudam entrar na Justiça para tentar derrubar a licitação.
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