Liberdade! Abriram-se as portas da senzala ideológica
O mercado contratante é que deveria estar interessado em profissionais com formação específica nisso ou naquilo, não é mesmo? Alguém precisa fazer faculdade para ser um publicitário criativo? Ora… Mas uma faculdade de publicidade que realmente produzisse saber de ponta certamente atrairia os melhores candidatos e despertaria a atenção da agências: “Quem passa por tal […]
O mercado contratante é que deveria estar interessado em profissionais com formação específica nisso ou naquilo, não é mesmo? Alguém precisa fazer faculdade para ser um publicitário criativo? Ora… Mas uma faculdade de publicidade que realmente produzisse saber de ponta certamente atrairia os melhores candidatos e despertaria a atenção da agências: “Quem passa por tal curso sai realmente com formação de primeira linha”.
Entenderam? Em vez de se ter um cartório de faculdades de jornalismo, todas elas abraçadas a sua preguiça, teríamos um esforço pela busca da excelência. Isso deve valer para qualquer profissão cujo desempenho dependa principalmente do talento. “Você é a favor da desregulação também para advogados?” É claro que sim. Tenho sérias dúvidas se alguém sem formação específica conseguirá lidar com o cipoal da Justiça — tenho a impressão de que não. Mas a defesa puramente corporativa da reserva de mercado é uma tolice.
As coisas caminham para a pura e simples maluquice na área da regulamentação. Há proposta para regulamentar, calculem!, a profissão de “escritor”, de “poeta”, de “repentista”… Exceção feita às atividades que oferecem risco para terceiros ou para a coletividade, dêem-me um bom motivo para se exigir um diploma…
E, é certo, ele não é garantia absoluta de competência em nenhum caso. É só um indicador de que o candidato a piloto de um jato, por exemplo, passou por um treinamento específico.
No caso do jornalismo, não tenho dúvida de que se abre a possibilidade de cursos de especialização, na modalidade de uma pós-graduação, que podem conciliar saber e tecnologia de ponta. E as empresas vão buscar esses profissionais.
Liberdade!
E, espero, caminha para a obsolescência o que já era obsoleto: cursos de jornalismo pautados apenas pela discurseira ideológica, pela “desconstrução” (termo pomposo para “picaretagem intelectual”) dos meios de comunicação e pela pregação da “resistência” (???) à “mídia”. Sei do que falo porque conheço estudantes, filhos de amigos ou do círculo familiar ampliado, submetidos a essa estupidez. “Professores” se empenham não em formar jornalistas, mas em formar militantes. É como se um piloto fizesse um curso não para ser o melhor condutor de um jato, mas para se tornar sindicalista ou sabotador de aviões, entenderam?
Por que alguém precisa pagar por isso — numa faculdade pública (que sempre é paga) ou privada? Não precisa mais!
Assim, saibam os estudantes de jornalismo — e as faculdades não foram extintas, é bom lembrar: tão logo o professor comece com discurseira ideológica em vez de ensinar o que é um bom lead ou técnicas de apuração, denunciem a malandragem ou caiam fora. Vocês não são mais obrigados a passar por isso. Estão livres! As portas da senzala ideológica foram abertas.