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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Lava Jato: vêm a público e-mails que podem atingir Lula e Gabrielli. Não custa lembrar: segundo Youssef, o chefão do PT sabia de tudo

Na reportagem publicada pela VEJA no dia 24 de outubro, já havia a informação de que Lula, pessoalmente, havia ordenado que José Sérgio Gabrielli desse um “cala-boca” — isto é, pagasse propina — a uma agência de publicidade que ameaçava botar a boca no trombone e denunciar o esquema de roubalheira na Petrobras. A informação, como […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h40 - Publicado em 13 nov 2014, 05h57

Na reportagem publicada pela VEJA no dia 24 de outubro, já havia a informação de que Lula, pessoalmente, havia ordenado que José Sérgio Gabrielli desse um “cala-boca” — isto é, pagasse propina — a uma agência de publicidade que ameaçava botar a boca no trombone e denunciar o esquema de roubalheira na Petrobras. A informação, como deixou claro a revista, era parte do conteúdo da delação premiada negociada pelo doleiro Alberto Youssef.

Pois é. Reportagem publicada nesta quinta pelo Estadão traz à luz e-mails que parecem reforçar a denúncia de Youssef. Leiam o que informam Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Mateus Coutinho.
*
A Polícia Federal está de posse de uma sequência de e-mails que reforçam a suspeita de que a agência de propaganda e marketing Muranno Brasil recebeu R$ 1,7 milhão do esquema de corrupção e propina na Petrobrás. Essa nova linha de investigação da Operação Lava Jato pode atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente da estatal petrolífera José Sérgio Gabrielli, citados pelo doleiro Alberto Youssef como ordenadores do pagamento à Muranno. Os e-mails que a PF analisa foram trocados entre o empresário Ricardo Villani, dono da agência de propaganda, o ex-gerente de Comércio de Álcool e Oxigenados da Petrobrás Sillas Oliva Filho e outros funcionários da estatal, entre 2006 e 2009.

A Muranno foi apontada por Youssef como uma agência contratada pela Petrobrás com dinheiro não contabilizado. Credora de cerca de R$ 7 milhões, a Muranno teria pressionado o governo Lula para receber valores atrasados. O doleiro está fazendo delação premiada junto à força-tarefa de procuradores da República que investigam a Lava Jato. Em 2010, segundo o doleiro, o dono da empresa teria ameaçado denunciar os esquemas de corrupção e propina na estatal controlado pelo PT, PMDB e PP e que abasteceu também o PSDB e o PSB.

Youssef afirmou que Lula soube da ameaça, na época, e teria determinado a Gabrielli que usasse o dinheiro “das empreiteiras” – denunciadas na Justiça Federal por causa das obras da refinaria Abreu e Lima – para resolver a pendência. O ex-presidente da Petrobrás teria procurado por Costa, que determinou a Youssef o pagamento. Segundo o doleiro, que aceitou dizer o que sabe em troca de redução de pena, foi ele quem pagou R$ 1,7 milhão à Muranno entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, a pedido de Costa.

No radar
A Muranno era alvo da Lava Jato desde agosto quando foi aberto um inquérito específico para apurar qual o envolvimento da agência no esquema de caixa-2 nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A agência de propaganda aparecia nos pagamentos registrados na contabilidade pessoal das empresas de fachada de Youssef e na quebra de sigilo bancário das empresas investigadas nas obras da Abreu e Lima.

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No dia 9 de setembro Villani foi ouvido pela PF e confirmou que prestou serviços sem contrato entre 2006 e 2009 para a Petrobrás. Ele disse que em 2004 Oliva Filho o aconselhou a abrir uma empresa para fazer o marketing da Petrobrás em provas de corrida de automóvel nos Estados Unidos. Segundo ele, a Muranno foi criada especificamente para esses serviços, divulgação do etanol nas provas da Fórmula Indy.

Villani afirmou que tinha R$ 7 milhões a receber. Segundo ele, depois de se reunir pessoalmente com Paulo Roberto Costa – ainda diretor de Abastecimento da Petrobrás –, foi procurado por Youssef, que se identificou como “Primo” e providenciou os pagamentos de parte da dívida. Disse que procurou Costa depois que ele deixou a estatal, em 2012. Villani, que está sob suspeita da PF, afirmou ter recebido só uma parte do montante e que não procurou a Justiça para cobrar a Petrobrás porque nunca fez um contrato formal. Em 29 de outubro, confirmou ao Estado ter valores a receber, mas negou que era referente à propina. Disse que eram atrasados dos serviços prestados.
(…)

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