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Reinaldo Azevedo

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Lap Chan, o chinês voador, nega tudo

No Estadão:O representante do fundo de investimentos americano Matlin Patterson no Brasil, Lap Chan, negou que tenha recebido qualquer tipo de favorecimento da Casa Civil na aquisição da Varig, conforme denúncia da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, publicada nesta quarta-feira, 4, com exclusividade pelo jornal O Estado de S.Paulo. Em […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h24 - Publicado em 4 jun 2008, 21h08
No Estadão:
O representante do fundo de investimentos americano Matlin Patterson no Brasil, Lap Chan, negou que tenha recebido qualquer tipo de favorecimento da Casa Civil na aquisição da Varig, conforme denúncia da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, publicada nesta quarta-feira, 4, com exclusividade pelo jornal O Estado de S.Paulo. Em nota oficial divulgada há pouco, Lap Chan refuta “com veemência” as denúncias e diz que a Anac criou “imensas dificuldades para a ressurreição da Varig”.

A seguir, a íntegra da nota:
“O Fundo Matlin Patterson refuta com veemência afirmações publicadas nesta quarta-feira (4 de junho) a respeito do processo de aquisição da VarigLog e da Varig.Em momento algum houve qualquer tipo de favorecimento ilegítimo às empresas por parte de quem quer que seja. Sejam quais forem as razões ocultas dos acusadores entrevistados, isso não altera os fatos estampados nos processos judiciais: as imensas dificuldades criadas pela Anac, à época, para a ressurreição da Varig e os graves ilícitos envolvendo o desvio de recursos investidos na VarigLog.”

Vocês não estão ligando o nome à pessoa? Refresco a memória com uma matéria da VEJA de 16 de abril:

Por Fábio Portela:
Há dez dias, o chinês Lap Chan tornou-se o primeiro estrangeiro a controlar uma companhia aérea no Brasil. Por decisão da Justiça paulista, ele passou a comandar a VarigLog, líder no transporte aéreo de cargas na América Latina. Sua tarefa, combinada com a Justiça, seria evitar a quebra da companhia e arranjar um investidor brasileiro disposto a assumi-la. Lap Chan fez diferente. Dois dias após assumir a direção da empresa, tentou sacar 85 milhões de dólares que estavam em uma conta da VarigLog em um banco suíço. Em seguida, sumiu do radar – segundo seus assessores, deixou o país. O vôo do chinês pelo setor aéreo brasileiro começou em 2006, quando ele se associou a três empresários nacionais para comprar a VarigLog, um braço da antiga Varig que estava à beira da falência. Lap Chan representava o fundo americano Matlin Patterson, que tinha 40 milhões de dólares para investir no negócio. Associou-se, então, aos brasileiros, o que atende a uma exigência legal (o Código Aeronáutico proíbe estrangeiros de controlar empresas aéreas). Em 2007, o chinês e os sócios brigaram. A disputa chegou aos tribunais. Lap Chan acusou os brasileiros de má gestão. Já os empresários locais acusaram o sócio estrangeiro de estrangular financeiramente a companhia.

Com a briga, as finanças da VarigLog degringolaram. Preocupado com a sobrevivência da empresa, o juiz José Paulo Magano afastou os brasileiros do negócio e entregou o controle da companhia a Lap Chan, a quem fez duas exigências: 1) ele deveria arranjar novos sócios brasileiros; e 2) só poderia usar os 83 milhões de dólares depositados na Suíça para pagar despesas da VarigLog. O chinês concordou. Mas, uma vez no comando, fez justamente o contrário. Na semana passada, foi flagrado tentando transferir os 85 milhões de dólares para uma conta controlada por ele em Nova York. A operação foi descoberta pelo advogado da VarigLog na Suíça, surpreso com a movimentação repentina de tanto dinheiro. Alertado, o juiz Magano aplicou uma multa de 1 milhão de dólares a Chan por descumprir ordens judiciais e determinou que a polícia apreendesse seu passaporte. Mas o chinês já tinha batido asas. No fim da tarde de quarta-feira, viajou para Nova York. Os assessores do fundo Matlin Patterson no Brasil dizem que tudo foi um grande mal-entendido e que o dinheiro seria devolvido à VarigLog. Enquanto isso, a empresa tenta voar no piloto automático. Com o caixa seco, já perdeu uma grande fatia de seu mercado e pode ser obrigada a suspender as operações nas próximas semanas.

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