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Reinaldo Azevedo

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Justiça decide manter Marcola no “cárcere duro” por um ano

Esta é a primeira vez desde os ataques de 2006 que a promotoria consegue a punição disciplinar máxima para a cúpula da facção criminosa

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h02 - Publicado em 13 fev 2017, 23h40

Na VEJA.com:

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu na última sexta-feira manter onze líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), entre eles Marcos Herbas Camacho, o Marcola, por um ano no chamado cárcere duro. Isso significa que eles ficarão presos no regime disciplinar diferenciado (RDD), onde têm direito a apenas duas horas diárias de banho de sol e duas visitas por semana, na Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, até fevereiro de 2018. Esta é a primeira vez que o Ministério Público e a Polícia Civil do Estado de São Paulo conseguem a punição disciplinar máxima à cúpula do PCC desde 2006, quando houve uma série de atentados contra as forças policiais.

Em dezembro do ano passado, a Justiça já havia determinado a transferência deles para o RDD por 60 dias — esse prazo venceria nesta semana. Em 2014, Marcola também ficou no cárcere duro por um mês após a descoberta de que o grupo criminoso planejada fugir do presídio com dois helicópteros, um com as cores da Polícia Militar. Na ocasião, o governo de São Paulo chegou a pedir a internação no RDD pelo tempo máximo (360 dias), mas teve a solicitação negada pela Justiça.

Na decisão desta sexta-feira, a Justiça levou em conta as provas levantadas na operação Ethos, que denunciou e levou para atrás das grades o núcleo jurídico do PCC, formado majoritariamente por advogados que, segundo a polícia, desempenhavam diversas funções na facção, como pagar propina a agentes corruptos, transmitir recados para fora da cadeia e cooptar representantes de ONGs dos direitos humanos. Segundo os investigadores, algumas ações foram coordenadas de dentro das penitenciárias pelos chefes do grupo.

“Para nós, isso foi uma vitória depois de tantos anos tentando colocar o líder máximo do PCC no RDD”, disse o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que investiga a facção há anos.

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O promotor também afirmou que as autoridades estão preparadas caso ocorra alguma tentativa de retaliação à decisão de manter os chefões na “tranca dura” — este foi um dos motivos que levou o grupo criminoso a promover os ataques de 2006.

“A tensão sempre há. É preciso ter atenção na hora em que a massa carcerária ficar sabendo da decisão. Mas nós não vemos risco nenhum de desordem pública. Nosso serviço de inteligência está preparado”, disse Gakiya.

O MP também conseguiu que Eric Farias, o Eric Gordão, um dos líderes do PCC, fosse transferido para um presídio federal. A promotoria o acusa de arquitetar junto com outros comparsas um plano para matar policiais e agentes penitenciários, simulando latrocínios. Os homens da facção teriam fotografado os alvos e até levantado os seus endereços.

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