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Reinaldo Azevedo

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José Dirceu é condenado a 23 anos de prisão na Lava Jato

Outros investigados na fase Pixuleco da Operação Lava Jato também foram condenados, como José Vaccari Neto, Renato Duque, Pedro Barusco e Milton Pascowitch

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h41 - Publicado em 18 Maio 2016, 14h04
O juiz Sérgio Moro condenou o ex-ministro José Dirceu a 23 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa na participação do esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras. Na sentença, o magistrado apontou que Dirceu recebeu R$ 15 milhões em propinas. Essa quantia foi paga à empresa do petista, a JD Consultoria. De acordo com o Ministério Público, porém, Dirceu nunca prestou, de fato, esses serviços. Os investigadores acreditam que a empresa servia apenas para lavar dinheiro para o ex-ministro e o PT. No texto, Moro chama a atenção também para a suspeita de que o petista embolsou recursos ilícitos até novembro de 2013, época em que ele já havia sido condenado no mensalão. Por reincidência, teve sua pena aumentada.
Essa é a primeira sentença proferida contra o petista no âmbito da Lava Jato, mas Dirceu já cumpria condenação pelos crimes do chamado mensalão. Outros condenados no mensalação cumpriram parte da pena e conseguiram os requisitos para obter perdão de suas penas, como Delúbio Soares, José Genoíno e Valdemar Costa Neto; Dirceu, entretanto, foi preso pela Operação Lava Jato enquanto gozava de prisão domiciliar, acusado de permanecer a delinquir, e desse modo não obteve o benefício dos demais companheiros de legenda. O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, Dirceu está preso desde agosto na Região Metropolitana de Curitiba.
Outros condenados
Na mesma ação penal foram condenadas outras dez pessoas. Entre elas estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, os ex-dirigentes da Petrobras Renato Duque e Pedro Barusco, o executivo da Engevix Gerson de Mello Almada e o lobista da empreiteira Milton Pascowitch. O irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira, foi senteciado a oito anos de prisão por lavagem de dinheiro; ex-assessor de Dirceu, Roberto Marques, o Bob, foi absolvido do crime de lavagem mas condenado por pertinência à organização criminosa.
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