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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

‘JÁ LHE DEI MEU CORPO, MINHA ALEGRIA, JÁ ESTANQUEI MEU SANGUE, QUANDO FERVIA, OLHA A VOZ QUE ME RESTA…

Vejam este trechinho de um texto da Folha Online: “Questionado sobre as declarações do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, limitou-se a cantarolar a música “Gota d’Água”, de Chico Buarque… Volto Chico é um bobo político e um grande letrista (o que não quer dizer “grande poeta”, que poesia […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h28 - Publicado em 23 abr 2010, 19h28

Vejam este trechinho de um texto da Folha Online: “Questionado sobre as declarações do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, limitou-se a cantarolar a música “Gota d’Água”, de Chico Buarque…

Volto
Chico é um bobo político e um grande letrista (o que não quer dizer “grande poeta”, que poesia é outra coisa). “Gota d’Água” é uma das suas mais belas criações e dá voz ao amante que, embora fiel, é tratado com desprezo: cedeu ao outro seu corpo, sua alegria, até sua dignidade. No momento em que fala, está por um triz, pronto a explodir, a dar um desfecho “à festa”. Na peça homônima, de Chico e  Paulo Pontes (uma releitura de Medéia, de Eurípedes), a letra assume um significado um tanto distinto. Mas isso não cabe agora.

Ao ser irônico e grosseiro com Ciro Gomes, o presidente do PT não deixa de empregar uma referência pertinente. Metaforicamente, Ciro foi esse amante que entregou tudo ao PT. Até o seu domicílio eleitoral! Segue a letra.

Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor,
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água
Pode ser a gota d’água
Pode ser a gota d’água

Encerro
O que resta a Ciro? A voz! Tomara que ele saiba empregá-la para o bem da democracia brasileira. Vamos ver.

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