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Reinaldo Azevedo

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Israel e o bombardeio à sede da ONU em Gaza

O que vai abaixo é um apanhado das informações divulgadas pelas agências internacionais publicado no Estadão On Line. Leiam atentamente. Comento depois: O Exército israelense bombardeou na manhã desta quinta-feira, 15, a sede da UNRWA, a agência das Nações Unidas para a ajuda humanitária para os refugiados palestinos, deixando três pessoas feridas. O ataque aconteceu […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 18h19 - Publicado em 15 jan 2009, 14h47
O que vai abaixo é um apanhado das informações divulgadas pelas agências internacionais publicado no Estadão On Line. Leiam atentamente. Comento depois:

O Exército israelense bombardeou na manhã desta quinta-feira, 15, a sede da UNRWA, a agência das Nações Unidas para a ajuda humanitária para os refugiados palestinos, deixando três pessoas feridas. O ataque aconteceu no mesmo dia em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniu com a ministra de Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni. Após o ataque, Ban expressou um “forte protesto e horror” com o bombardeio e pediu por uma investigação. Segundo o secretário, o ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, lhe disse que foi um “grave erro”. Horas mais tarde, um alto militar israelense afirmou que as tropas responderam aos disparos de militantes do Hamas no prédio da ONU.
Em outro incidente, dois jornalistas palestinos ficaram feridos em um ataque aéreo israelense contra um prédio que abrigava a imprensa de vários países. O complexo era o centro de operações de vários meios de comunicação árabes e ocidentais, entre eles as redes de televisão americana Fox, a britânica Sky News e a luxemburguesa RTL.Também abrigava a sede da agência de notícias Reuters, e as das redes árabes Al Arabiya e MBC. Os dois cinegrafistas feridos, cujo estado é desconhecido, trabalham para a televisão de Abu Dhabi, segundo o responsável do meio de comunicação na Faixa de Gaza. O hospital do Crescente Vermelho, na Cidade de Gaza, também foi atacado. Segundo a rede de televisão catariana Al Jazira, a farmácia do hospital e o segundo andar de um edifício que abriga vários escritórios administrativos no bairro de Tel Hawa estava em chamas, em consequência dos bombardeios. As fontes acrescentaram que os ataques começaram no início da manhã quando um armazém do Crescente Vermelho foi atingido por projéteis israelenses.
O complexo da ONU bombardeado é usado como abrigo por centenas de pessoas que fugiram de suas casas durante a ofensiva israelense. A área está coberta de fumaça e ainda não está claro se há pessoas dentro do prédio. O complexo abriga, além da agência da ONU, outros escritórios e uma escola. O porta-voz da ONU Chris Gunness afirmou que grandes quantidades de ajuda humanitária, assim como caminhões de combustível, podem ser destruídos. “Três projéteis atingiram um complexo da UNRWA em Gaza, causando um grande incêndio”, disse o porta-voz.
Israel afirma que não atacou prédios da ONU ou seu pessoal, mas um oficial afirmou sob anonimato que as tropas abriram fogo depois que militantes dentro do complexo atiraram contra os soldados. O Exército acusa os membros do Hamas de buscar esconderijo em áreas civis.
O espanhol Francesc Claret, funcionário da organização, disse que o Exército israelense também disparou bombas de fósforo contra o imóvel quando cerca de 700 pessoas estavam dentro, escondendo-se do avanço das forças que entraram na Cidade de Gaza pela primeira vez. “Um dos feridos tem lesões provocadas por bombas de fósforo branco, que atravessaram o colete à prova de balas que estava usando”, acrescentou Claret, expressando seu temor de que o incêndio não possa ser sufocado, pois o fósforo não deve ser apagado com água. Ele também manifestou sua incerteza em relação ao destino dos refugiados no interior da sede da UNRWA e pelo material de ajuda humanitária concentrado nos armazéns que estão pegando fogo.
“Isso se soma aos danos que sofremos nas últimas semanas: tivemos que fechar um centro médico em Rafah, uma escola com 900 refugiados e um comboio humanitário também foi atacado”, disse o porta-voz, ao referir-se a diferentes ataques israelenses que tiveram como alvo instalações da UNRWA. Em um deles, morreram mais de 40 pessoas quando um projétil de tanque atingiu a entrada de um colégio.
Desde o início da ofensiva israelense, a UNRWA habilitou todas as suas instalações para refúgio a palestinos deslocados em consequência dos bombardeios e dos combates, e, atualmente, cerca de 20 mil ocupam estes centros, de onde também se distribui a ajuda humanitária para mais de 900 mil habitantes. Na sexta-feira passada, após a UNRWA suspender suas atividades devido à morte de um dos motoristas de um comboio humanitário claramente identificado, Israel tinha garantido que teria mais cuidado com seus ataques e que não voltaria a atacar centros dessa organização.

Ofensiva na Cidade de Gaza
Israel iniciou a ofensiva militar em Gaza no dia 27 de dezembro, com o objetivo declarado de interromper o lançamento de foguetes em seu território. Já morreram mais de mil palestinos nos ataques, segundo autoridades médicas de Gaza. Forças israelenses aprofundaram sua incursão na Cidade de Gaza e bombardearam bairros densamente povoados, ampliando a pressão sobre o grupo islâmico Hamas enquanto ambas as partes avaliam uma proposta de cessar-fogo.
Aterrorizados, moradores de Gaza se aglomeraram em casas precárias demais para protegê-los. Dezenas foram vistos fugindo a pé, enquanto as explosões erguiam colunas de fumaça. Um importante diplomata ocidental disse que Israel parece estar tentando fazer os últimos avanços no terreno antes da trégua. “É uma clássica estratégia israelense”, disse o diplomata. O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse à imprensa que as forças do país irão “lutar até o último minuto”.
As forças israelenses sitiaram a cidade, de 500 mil habitantes, durante dias. Tanques fizeram incursões até o centro para testar a resistência do Hamas e de outros grupos da resistência, mas em geral Israel evitou uma invasão total nesse emaranhado urbano densamente povoado.

Israelenses apóiam
Uma nova pesquisa mostra que os israelenses aprovam fortemente a ofensiva. A sondagem registra que 78% dos israelenses veem a operação como um sucesso. O número é semelhante à porcentagem de judeus na população de Israel. Quase 20% dos israelenses são árabes, que se identificam com os palestinos e se opõem à ofensiva. Mais de mil palestinos morreram desde o início dos ataques, a metade civis.
A pesquisa mostra que a guerra ampliou a popularidade do ministro da Defesa, Ehud Barak, na disputa eleitoral de 10 de fevereiro. Porém o líder da oposição, o linha-dura Benjamin Netanyahu, segue na frente nas intenções de voto. Foram entrevistadas 561 pessoas e o estudo tem margem de erro de 4,3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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