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Ipea, um feudo de Pochmann

Por Julia Duailibi, no Estadão:Alvo de polêmica nos meios econômico e acadêmico, o concurso do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluído neste ano selecionou menos pessoas com especialização em economia e mais perfis com origem acadêmica alinhada à da direção do órgão, representada pelo presidente, Marcio Pochmann, atualmente uma das vozes mais aguerridas do […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 5 jun 2024, 18h24 - Publicado em 17 Maio 2009, 07h57
Por Julia Duailibi, no Estadão:
Alvo de polêmica nos meios econômico e acadêmico, o concurso do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluído neste ano selecionou menos pessoas com especialização em economia e mais perfis com origem acadêmica alinhada à da direção do órgão, representada pelo presidente, Marcio Pochmann, atualmente uma das vozes mais aguerridas do governo na defesa do fortalecimento do papel do Estado na economia.
Análise curricular dos aprovados, cujos nomes foram divulgados há 11 dias no Diário Oficial, mostra que o concurso para técnicos de planejamento e pesquisa, o maior já promovido pelo órgão e que aprovou 62 pessoas, atingiu o objetivo da cúpula do Ipea: mudar o perfil dos servidores responsáveis pelas suas pesquisas e análises.
Levantamento feito pelo Estado mostra que dez dos 21 aprovados com pós-graduação em economia vieram da Unicamp, da qual Pochmann é professor afastado e onde fez doutorado em políticas do trabalho. No concurso anterior, de 2004, na gestão do sociólogo Glauco Arbix, dos 44 aprovados, 26 tinham pós-graduação em economia – apenas um na Unicamp.
Consideradas todas as áreas de atuação, não só economia, a Unicamp também lidera o ranking como origem dos títulos mais altos (pós-doutorado, doutorado e mestrado) dos que foram aprovados no concurso iniciado em 2008. São 12 títulos, seguidos por oito da USP e sete de universidades estrangeiras, em áreas que vão da economia à ciência política e química.
O lançamento do edital para abertura do concurso, em setembro de 2008, suscitou uma série de críticas, feitas até por técnicos do órgão, que o interpretaram como mais uma medida de “padronização” ideológica promovida pela cúpula do instituto. Em 2007, Pochmann demitira quatro técnicos que adotavam uma linha de pensamento econômico independente da sua. Depois, o Ipea suspendeu a divulgação trimestral do tradicional Boletim de Conjuntura, que traçava projeções e análises das principais variáveis macroeconômicas. A decisão foi polêmica. A direção do instituto defendeu o foco em análises de mais longo prazo, alegando que o Ipea não era “operador do mercado financeiro”. As projeções passaram, então, a ser anuais.
O Ipea admite que, por meio do concurso, pretendia mudar o perfil dos novos técnicos. Faz também críticas às seleções realizadas no passado, caracterizando-as como excessivamente técnicas e responsáveis pela escolha de candidatos com formação humanística mais fraca, na visão do órgão. Esse diagnóstico já constava do planejamento estratégico do instituto, lançado por Pochmann, em 2008.

Entidade suspeitaPara realizar o maior concurso de sua história, o Ipea contratou, sem licitação, uma entidade acusada de cometer irregularidades justamente em processos de seleção para entrada no serviço público. O Ministério Público Federal no Distrito Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) desenvolveram trabalho de fiscalização e auditoria nas contas do Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos), ligado à Fundação Universidade de Brasília. A entidade foi contratada pelo Ipea para elaborar e aplicar as provas do seu concurso. As investigações apontaram para o favorecimento de prestadores de serviços e candidatos.Ao mergulhar nas contas do Cespe, a CGU constatou problemas, sobretudo pagamento irregular ou mesmo ausência de comprovação de efetiva prestação de serviços. O montante dos recursos irregularmente aplicados no período de 1996 a 2005 foi de R$ 210,6 milhões.A CGU informou ter recebido na semana passada uma denúncia anônima sobre supostas irregularidades no contrato com o Ipea. Disse que irá apurá-las em conjunto com a Ciset, órgão de controle das entidades subordinadas à Presidência da República, caso do Ipea.

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