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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Homenagem ao porco fedorento e os textos asquerosos da Agência Senado

O Congresso brasileiro homenageou hoje Che Guevara, o defensor do “ódio que faz de todo homem uma fria máquina de matar”, o Porco Fedorento. Se vivo fosse, ele se sentiria em casa. Na página oficial do Senado, a chamada é esta: “Che Guevara, um símbolo que anda de mãos dadas com as grandes causas”. Sem […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 20h17 - Publicado em 23 out 2007, 19h25

O Congresso brasileiro homenageou hoje Che Guevara, o defensor do “ódio que faz de todo homem uma fria máquina de matar”, o Porco Fedorento. Se vivo fosse, ele se sentiria em casa. Na página oficial do Senado, a chamada é esta: “Che Guevara, um símbolo que anda de mãos dadas com as grandes causas”. Sem dúvida. Um certo Jorge Frederico, da Agência Senado, começa assim o seu texto: “Nas homenagens a Che Guevara, aos cientistas políticos, jornalistas e historiadores, entre outros, resta o desafio de averiguar e esclarecer um aparente paradoxo: como um guerrilheiro — tido e havido como o inimigo número um do capitalismo internacional, particularmente, nos anos 60 —, quarenta anos após sua morte, tornou-se neste poderoso símbolo que suscita o desprendimento e a audácia que as grandes causas requerem, no coração dos homens e mulheres – e principalmente no seio da juventude.” Esse tom, entre o pudor compreensivo e a grandiloqüência revolucionária, mereceria chicote. Chicote ético, é claro.

É perda de tempo entrar no mérito. Mas destaco o “tido e havido como inimigo número um do capitalismo”. Com efeito, “número um” não era porque irrelevante. Mas “inimigo” apenas, suponho que sim, e ele seria o primeiro a reivindicar essa condição. Chega a ser desrespeitoso com a memória do facínora negá-lo. Quem autorizou esse rapaz a fazer editoriais no site do Senado? Incontido, ele avança: “No entanto, o rosto sonhador do guerrilheiro, de barba e cabelos grandes, virou produto de consumo, por meio da célebre foto do cubano Alberto Koda (sic), que hoje se encontra espalhada em incontáveis produtos, manufaturados pela indústria capitalista e vendidos nos cinco continentes do planeta”. O fotógrafo se chamava Alberto KoRda.

Indecoroso

A Agência Senado, aliás, é indecorosa. Às 19h04, lê-se esta outra notícia (segue conforme está lá):

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) leu em Plenário nota oficial da organização internacional Via Campesina, acerca do conflito ocorrido no dia 21 de outubro, em Santa Tereza do Oeste (PR), que resultou na morte de um sem-terra. De acordo com a nota, o acampamento da Via Campesina foi atacado por “uma milícia armada da Syngenta”, que executou, com tiros à queima roupa, um militante do movimento. De acordo com a nota, continuou Suplicy, a Via Campesina não deteve reféns, como noticiado pela imprensa. Syngenta é uma empresa multinacional de agronegócios que possui um centro de pesquisas em Santa Tereza do Oeste, e é acusada pela Via Campesina de realizar experimentos transgênicos no Paraná.

Leram? Um órgão oficial de notícias omite que houve duas mortes: o outro assassinado era um segurança. E foi morto pelos sem-terra. Mas isso não interessa a Suplicy, que se coloca como porta-voz de bandoleiros, nem à Agência Senado. Não é por acaso que essa gente canta as glórias do stalinista Guevara. Uma característica evidente de seu líder eles já tem: fraudam a história com uma impressionante cara-de-pau.

Cadê a oposição?Chegou a hora de as oposições se ocuparem também desse aparelhamento asqueroso de um órgão que é público. Não gostaram? Esperem a Lula News de Tereza Cruvinel…

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