Histrionismo não é firmeza
Às 5h49 de ontem, postei aqui um texto cujo título é “Amorim, um arrogante na periferia do capitalismo”. E depois publiquei dois outros a respeito. Criticava o destempero verbal do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), que acusou os países ricos, especialmente os EUA, de empregar táticas nazistas nos embates da OMC (Organização Mundial do Comércio). […]
Recebi uma avalanche de críticas — algumas até bem-intencionadas — indagando se eu não me dava conta dos truques a que recorriam americanos e europeus, que querem livre acesso ao nosso mercado (e ao dos emergentes em geral), mas se negam a tocar nos seus subsídios agrícolas.
Calma lá! Apontem uma única linha em que defendo o ponto de vista dos “ricos”. Zero! Nenhuma! Critiquei foi a bobagem de Amorim. Procurem no dicionário o sentido exato da palavra “CONTRAPRODUCENTE”. É isto: Amorim foi, nesse caso, e tem sido, em todos os outros, contraproducente. Por quê? Por excesso de retórica. No aludido post, demonstro a seqüência de insucessos deste senhor à frente do Itamaraty.
Não, senhores! Não estou defendendo os subsídios americanos e europeus. Defendo é uma forma competente de combatê-los, em vez do histrionismo que acaba nos deixando um tanto isolados, embora estejamos certos.