Haddad, o homem do “empoderado”. Ou: Tatibitate verboso e falta do que dizer
Eita! Quando não restar mais nenhuma desculpa, evoque a democracia. Parece ser essa a divisa de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo e ex-ministro da Educação. Em sua gestão se armou a bomba-relógio das universidades federais, que agora explodiu. Indagado sobre a greve, informa Bruno Lupion, no Estadão Online, ele afirmou […]
Eita!
Quando não restar mais nenhuma desculpa, evoque a democracia. Parece ser essa a divisa de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo e ex-ministro da Educação. Em sua gestão se armou a bomba-relógio das universidades federais, que agora explodiu. Indagado sobre a greve, informa Bruno Lupion, no Estadão Online, ele afirmou que o movimento “faz parte da vida democrática” e que pode haver “um descompasso entre as iniciativas do governo e as iniciativas dos sindicatos para chegar a um acordo”. Huuummm… O Conselheiro Acácio aplaudiria de pé.
Haddad foi além: “O Ministério da Educação está hoje empoderado pela presidenta para chegar a um acordo, e o recurso que foi colocado sobre a mesa é um recurso importante para a universidade. Com bom senso, vamos chegar a um entendimento”.
“Empoderado”??? A palavra existe, sim. Designa algo ou alguém que foi dotado por um ente ou por um superior de especial poder para fazer determinada coisa. É… Quanto mais alguém se aproxima de uma dicção de exceção, menos tem a dizer, não é mesmo? E menos acaba dizendo.
Dilma não precisa “empoderar” o Ministério da Educação, que “empoderado” está, por sua própria natureza, para resolver questões atinentes à educação. Ou não? Ou estará agora a soberana recorrendo a medidas excepcionais para resolver a crise na educação? O tatibitate verboso de Haddad busca desviar o interlocutor do óbvio: a situação lastimável de boa parte das universidades federais no Brasil.