Habermas: enfim, apenas um homem ridículo
Jürgen Habermas, o filósofo alemão, sempre foi um lobo em pele de cordeiro. Desconfiei, desde a primeira hora, de sua impressionante dedicação à causa de demonstrar o que havia de essencialmente antidemocrático na democracia. Sempre entendi que ele estava tentando fazer o contrário: demonstrar o que há de essencialmente democrático na antidemocracia, o que, segundo […]
No Mais! da Folha deste domingo, há um artigo deste senhor, publicado originalmente no jornal alemão Süddeutsche Zeitung, em que ele defende nada menos do que a ajuda estatal aos jornais ou então facilidades extraordinárias para as famílias envolvidas com este ramo de atividade. E por quê? Ah, o sr. Habermas está muito preocupado com o risco de os veículos caírem nas mãos de capitalistas inescrupulosos, que se interessariam apenas pelo lado espetaculoso da notícia, e nada com a função formadora da imprensa. Como exemplo negativo de jornalismo, ele cita, claro, o norte-americano.
Trata-se de delinqüência intelectual. E nos informa que o desprestígio da democracia não é só coisa nossa, não. Sob os mesmos argumentos de Habermas — eles são basicamente iguais em toda parte — vai-se criar uma nova TV estatal no Brasil, cinicamente chamada de pública. Pra quê? Ora, para se ocupar da “formação” dos telespectadores. Sempre achei Habermas um submarxista vulgar; não imaginava, no entanto, que pudesse ser tão ridículo.
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