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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Governo não consegue 50% da Petrobras; ações da empresa caem até 2,19% na Bolsa de Nova York

Por Toni Sciarretta, na Folha: O governo Lula deve sair da capitalização da Petrobras, a mais ambiciosa parceria feita com as finanças globais, sem atingir a meta de alcançar 50% do capital da companhia, como ocorria até o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A União só chegou, até agora, a 48% do capital da estatal, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h08 - Publicado em 25 set 2010, 07h15

Por Toni Sciarretta, na Folha:
O governo Lula deve sair da capitalização da Petrobras, a mais ambiciosa parceria feita com as finanças globais, sem atingir a meta de alcançar 50% do capital da companhia, como ocorria até o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A União só chegou, até agora, a 48% do capital da estatal, segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda). Em tese, pode ainda elevar essa participação se comprar ações nos lotes extras ainda disponíveis. Mas é improvável que consiga isso à frente dos demais interessados.

A Petrobras captou até R$ 120,4 bilhões na maior oferta de ações já feita no mundo. Apesar do sucesso da operação, as novas ações estrearam ontem na Bolsa de Nova York com uma dose de ceticismo dos investidores. Após forte instabilidade, terminaram o dia com baixa de 2,19% para os ADRs (recebido de ações nos EUA) ON e de 1,88% para os PN.

Os investidores tiveram ontem uma atitude mais comedida em relação à megaoferta. Isso porque os coordenadores não colocaram à venda todo o lote extra. Os novos papéis também saíram com desconto alto em relação à Bolsa, estimulando a venda com preço superior ao comprado na oferta.

PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO
Em plena festa na BM&FBovespa, o ministro Mantega se adiantou para dizer que o governo tinha aumentado sua participação na estatal de 40% para 48%. A informação sobre quem compra os papéis é uma das mais confidenciais de toda a operação e pode ser revelada só em 29 de outubro, data do balanço de encerramento. Será quando o mercado saberá se fundos soberanos da Ásia e do Oriente Médio aderiram à oferta.

A fatia do governo “vazada” pelo ministro inclui também as ações compradas pelo BNDESPar, pela Caixa Econômica Federal e pelo próprio Fundo Soberano. “É a maior capitalização já feita na história do capitalismo. Acontece no momento mais difícil da recuperação do mundo, quando ainda há muitos problemas financeiros, e a dez dias da eleição no Brasil. Diria que é um feito importante”, disse Mantega.

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No caso, o governo foi vítima do próprio sucesso da Petrobras com seus acionistas, que tiveram prioridade para comprar os novos papéis para não serem diluídos. A expectativa inicial era que boa parte desses acionistas ficasse fora, possibilitando ao governo comprar grande parte das “sobras”. Isso não aconteceu, como adiantou a Folha. Na capitalização, o governo reservou R$ 74,8 bilhões para comprar ações. Diferentemente dos minoritários que entram com dinheiro, o governo cede títulos que mais tarde “viram” os 5 bilhões de barris de petróleo.

É provável que o governo não tenha conseguido emplacar todos os R$ 74,8 bilhões na compra de ações. Se não levar tudo em ações, ganhará dinheiro vivo dos investidores como “prêmio de consolação”. O dinheiro vai para o Tesouro equilibrar as contas públicas. Isso porque a oferta estabelece que, em qualquer cenário, o governo vende R$ 74,8 bilhões em barris para a Petrobras, mesmo que nem todo esse volume seja convertido em novas ações.

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