Governo da Suíça ajuda a financiar o MST
Por Jamil Chade, no Estadão desta quinta:Recursos oficiais do governo suíço estão servindo para financiar atividades e programas do Movimento dos Sem-Terra (MST). O governo suíço e funcionários de entidades estrangeiras envolvidas em projetos com o MST confirmaram ao Estado que parte dos recursos de organizações não-governamentais da Suíça em acordos com o MST vem […]
Recursos oficiais do governo suíço estão servindo para financiar atividades e programas do Movimento dos Sem-Terra (MST). O governo suíço e funcionários de entidades estrangeiras envolvidas em projetos com o MST confirmaram ao Estado que parte dos recursos de organizações não-governamentais da Suíça em acordos com o MST vem dos cofres do governo de Berna. A Suíça afirma que está consciente de ‘alguns comportamentos irregulares do Movimento dos SemTerra’, mas não apóia seus ‘atos ilegais’ .
No poderoso Departamento de Cooperação e Desenvolvimento do governo suíço (conhecido pela sigla DDC), diplomatas de alto escalão confirmaram que existem ONGs financiadas pelo Estado que atuam em projetos com o MST. Uma delas seria a E-Changer, que envia suíços para ajudar o movimento em questões como saúde, informática, reforço institucional e agricultura. ‘Posso confirmar que a DDC financia uma parte do programa da ONG suíça E-Changer, que envia voluntários a organizações da sociedade civil brasileira, eltre elas o MST’, afirmou Beata Godenzi, encarregada do Programa de Cooperação Bilateral e ONGs no governo suíço.
O embaixador do Brasil na Suíça, Eduardo Santos, admitiu que ‘desconhecia’ o uso de recursos do governo suíço em organizações não-governamentais que atuam em projetos com o MST e não escondeu surpresa diante da notícia. Santos está organizando a vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Suíça nesta semana para participar do Fórum Econômico de Davos.
A participação do governo suíço no financiamento de projetos com o MST, segundo Berna, faria parte da lógica da luta contra a desigualdade. Uma dessas ONGs teria recebido quase R$ 1 milhão entre 2005 e 2008 para atuar no País.
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