Gilmar Mendes põe o dedo na ferida: tentativa de reduzir a pena de quadrilha de Dirceu
Gilmar Mendes contesta a tese vigarista de que a pena de quadrilha para os mensaleiros é excessiva. Lembra que Natan Donadon, por desvio de R$ 8 milhões, teve pena de dois e anos e três meses por quadrilha como pena-base. E ninguém contestou. Por que a de Dirceu, que foi de dois anos e meio […]
Gilmar Mendes contesta a tese vigarista de que a pena de quadrilha para os mensaleiros é excessiva. Lembra que Natan Donadon, por desvio de R$ 8 milhões, teve pena de dois e anos e três meses por quadrilha como pena-base. E ninguém contestou. Por que a de Dirceu, que foi de dois anos e meio (a final, de dois anos e onze meses), seria excessiva? Só o peculato no Branco do Brasil passa de R$ 70 milhões. Ocorre que o mensalão é mais do que o assalto aos cofres públicos; é o assalto à institucionalidade.
Mendes põe o dedo na ferida e desnuda o que está em curso: tentativa de fazer outro julgamento para reduzir a pena de quadrilha e livrar José Dirceu do regime fechado — o que vai beneficiar também Delúbio Soares.