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Reinaldo Azevedo

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Gerente que vai devolver US$ 97 milhões diz que seu chefe, o petista Duque, recebia propina ainda maior

Pelo visto, aconteceu uma das coisas que o PT tanto temia. Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras, braço-direito do petista Renato Duque, que era o diretor da área, contou tudo — ou, vá lá, contou muito do que sabia e do que fez. Barusco está bastante doente, e consta que sua família o estimulou a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h28 - Publicado em 13 dez 2014, 05h35

Pelo visto, aconteceu uma das coisas que o PT tanto temia. Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras, braço-direito do petista Renato Duque, que era o diretor da área, contou tudo — ou, vá lá, contou muito do que sabia e do que fez. Barusco está bastante doente, e consta que sua família o estimulou a dizer a verdade. O fato é que, no bojo do acordo de delação premiada, ele se dispôs a devolver a fabulosa quantia de US$ 97 milhões — mais de R$ 253 milhões.

Segundo informa o Painel da Folha, o gerente afirmou que Duque tinha participação ainda maior na roubalheira — o que é, convenham, verossímil, já que era o chefe. Só Duque? Não! Segundo disse Barusco, Jorge Luiz Zelada —  diretor da área Internacional da Petrobras que substituiu Nestor Cerveró e ficou no cargo até 2012 — também estava no esquema. Duque e Zelada negam.

Segundo Barusco, havia ordem na orgia. Escreve o Painel: “’Na divisão de propina entre o declarante e Renato Duque, em regra Duque ficava com a maior parte, isto é, 60%, e o declarante com 40%’, afirma o relatório do depoimento. ‘Quando havia a participação de um operador, Renato Duque ficava com 40%, o declarante com 30%, e o operador, com 30%’”.

Parece que Barusco decidiu mesmo ser sincero: ele contou que continuou a receber propina mesmo depois de ter saído da empresa, em 2010, quando já trabalhava na iniciativa privada.

O juiz Sérgio Moro já afirmou que Duque mantém uma fortuna em contas secretas no exterior. Em sendo verdade, sempre será preciso, no seu caso, saber se era para si ou para a organização à qual pertence: o PT. Convém não esquecer que é um homem da esfera de influência de José Dirceu.

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Duque, funcionário de carreira da Petrobras, era visto pelos especialistas da estatal como um engenheiro medíocre. A chegada de seu partido ao poder lhe abriu a vereda para o topo. Ah, sim: vamos, para efeito de raciocínio, fingir que a gente acredita no homem. Então ele tem um braço-direito que admite ter levado uma bolada de quase US$ 100 milhões, e ele, o chefe, nunca havia desconfiado de nada?

Tenham paciência!

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