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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Gabeira mudou, não fez conversão oportunista

Quem disse que não se pode aprender sinceramente? Tenho uma ou outra divergência com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), mas ele integra hoje, sem dúvida, o grupo de elite intelectual e moral dos políticos brasileiros. A entrevista concedida a Carlos Marchi, do Estado (íntegra aqui), o demonstra. Leiam. Suas opiniões sobre a CPMF, o governo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 07h04 - Publicado em 31 dez 2007, 03h05
Quem disse que não se pode aprender sinceramente? Tenho uma ou outra divergência com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), mas ele integra hoje, sem dúvida, o grupo de elite intelectual e moral dos políticos brasileiros. A entrevista concedida a Carlos Marchi, do Estado (íntegra aqui), o demonstra. Leiam. Suas opiniões sobre a CPMF, o governo Lula, a base de apoio do Planalto, a conjuntura política… Tudo, enfim, é da mais rigorosa sensatez. Mas destaco duas respostas. Leiam:

O sr. participou de um seqüestro. O que separa aquele ato dos seqüestros das Farc é o tempo decorrido. De lá para cá, o que mudou?
Mudou a minha compreensão dos fatos. Hoje eu considero o seqüestro uma forma de luta abominável, um desrespeito à lei e aos direitos humanos da pessoa seqüestrada, da sua família, seus amigos. Hoje eu vejo o seqüestro com os olhos da Ingrid Bettancourt. Eu participei de um seqüestro na década dos 60 e hoje integro um comitê que tenta libertar Ingrid.

Seqüestros já eram abomináveis em 1968 ou alguma situação política pode explicá-los?
Eu concluí que não há situação política que justifique um seqüestro. A explicação política do seqüestro é que os fins justificam os meios. Essa justificativa é a mesma que conduziu os partidos de esquerda a seus erros mais profundos.

Comento

Gabeira foge àquela que é a regra entre os que optaram pela luta armada. Invariavelmente, seus protagonistas dizem que hoje não fariam aquilo, mas que os tempos eram outros etc e tal. Os mais abusados costumam falar de seus sonhos de generosidade, de seu amor pela humanidade, vocês sabem… Entenderam? Negam-se a reconhecer a essência criminosa e anti-humanista de seu ato. Se as circunstâncias, então, justificavam aquele ato, deve-se inferir que, sob certas condições, poderiam repetir o feito? A resposta, obviamente, é sim.
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Não Gabeira. Ele mudou porque aprendeu. Não é metamorfose ambulante, sempre disposto a justificar o presente e a fazer tábula rasa do passado.

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