Fundo soberano deve ter 0,5% do PIB
Por Vinicius Torres Freire e Guilherme Figueiredo, na Folha:O governo vai mesmo poupar mais dinheiro dos impostos a fim de financiar o fundo soberano do Brasil. Não haverá anúncio formal de uma nova meta de superávit primário, mas a equipe econômica pretende aumentar a poupança dos atuais 3,8% do PIB para 4,3% do PIB.Em entrevista […]
Por Vinicius Torres Freire e Guilherme Figueiredo, na Folha:
O governo vai mesmo poupar mais dinheiro dos impostos a fim de financiar o fundo soberano do Brasil. Não haverá anúncio formal de uma nova meta de superávit primário, mas a equipe econômica pretende aumentar a poupança dos atuais 3,8% do PIB para 4,3% do PIB.Em entrevista à Folha, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o projeto de lei que cria o Fundo Soberano do Brasil (FSB) deve ser enviado ao Congresso amanhã, em regime de urgência. O texto do projeto de lei ficou pronto na sexta-feira passada.Pelo documento, o FSB vai receber dinheiro do Orçamento, dos impostos, e será o cotista do Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE), que será constituído provavelmente no Banco do Brasil. O FFIE será gerido pelo pessoal do Tesouro Nacional, com a supervisão de um conselho, que deverá contar com membros da diretoria do Banco Central.O FFIE comprará dólares no mercado doméstico e vai investi-los em estatais brasileiras no exterior. Poderá emprestá-los para a filial estrangeira do BNDES e para a Petrobras (por meio da compra de debêntures dessas empresas), a juros interbancários internacionais (em torno de 3% ao ano). Poderá ainda comprar recibos de ações da Petrobras no exterior.O BNDES, por sua vez, vai financiar a compra de produtos de empresas brasileiras no exterior e a expansão dessas companhias fora do país.”Nós não temos a expertise para esse tipo de operação e é por essa razão que o BNDES fará os empréstimos para as empresas privadas”, diz Mantega.
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