Fontismo, jornalismo e mãos-peludas
Falei num post abaixo que explicaria o que é “fontismo”. Fontismo é quando o jornalista, mesmo sendo basicamente honesto (quero dizer: não escreve em troca de bufunfa), passa a publicar notícias para agradar às suas fontes, na esperança de que, de onde saíram aquelas, saiam outras “informações exclusivas”. Às vezes, alguns repórteres, coitados, viram porta-vozes […]
Falei num post abaixo que explicaria o que é “fontismo”. Fontismo é quando o jornalista, mesmo sendo basicamente honesto (quero dizer: não escreve em troca de bufunfa), passa a publicar notícias para agradar às suas fontes, na esperança de que, de onde saíram aquelas, saiam outras “informações exclusivas”. Às vezes, alguns repórteres, coitados, viram porta-vozes de uma fonte só. No texto, tentam disfarçar: “Não-sei-quem APUROU que…” E todo mundo sabe que a “apuração” não passa de recado de uma só pessoa.
No caso do dossiê, a VEJA poderia ter feito “fontismo”, publicando “informações exclusivas”, coisas que ela teria “apurado”, sobre os gastos de FHC. Mas preferiu fazer “jornalismo”. Viu que o estado estava sendo usado para perseguir adversários políticos. E era esta a informação relevante. “E se havia gastos irregulares”? Ora, quebrem o sigilo de gastos dos dois governos e ofereçam dos dados ao distinto público.
Resultados práticos:
1 – FHC pede publicamente a abertura das contas do tempo em que foi presidente;
2 – cai a máscara dos petistas;
3 – a imprensa deixa de ser usada como porta-voz da bandidagem.
Ah, sim: mascates, ratazanas, mãos-peludas e afins não fazem nem fontismo nem jornalismo. Eles roubam dinheiro público. É diferente. É outro ramos de atividade. Servem ao PTT, mas estão mesmo próximos é do PCC.