EUA e Irã conseguem definir termos para um possível acordo nuclear
Na VEJA.com. Volto no próximo post. Negociadores do Irã e de seis potências mundiais selaram nesta quinta-feira os parâmetros para um acordo final que restrinja o programa nuclear iraniano e impeça que Teerã desenvolva armas nucleares. Em troca, as sanções impostas à República Islâmica devem ser abrandadas. O anúncio feito hoje na Suíça compreende as […]
Na VEJA.com. Volto no próximo post.
Negociadores do Irã e de seis potências mundiais selaram nesta quinta-feira os parâmetros para um acordo final que restrinja o programa nuclear iraniano e impeça que Teerã desenvolva armas nucleares. Em troca, as sanções impostas à República Islâmica devem ser abrandadas. O anúncio feito hoje na Suíça compreende as bases para um texto final, cujos detalhes devem ser negociados até o dia 30 de junho.
O acordo definido até aqui estabelece fortes controles sobre o programa nuclear iraniano por um período de 25 anos. Nos dez primeiros anos, os programas de enriquecimento de urânio devem ser totalmente interrompidos e 95% dos estoques liquidados ou transferidos para outro país. Mais de 5.000 centrífugas da usina de Natanz devem ser colocadas sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês). Em troca, sanções unilaterais dos EUA e da Europa serão retiradas imediatamente após a aplicação do acordo nas áreas econômicas e financeiras. O acordo também prevê que o Ocidente se compromete a não adotar novas sanções unilaterais. Não ficou claro, no entanto, a qual velocidade o Irã poderá desenvolver suas atividades nucleares depois da primeira década do acordo. Nem quando as sanções serão suspensas.
Detalhes em aberto
O anúncio desta quinta, que se seguiu a uma maratona de oito dias de negociação em Lausanne, na Suíça, envolve um entendimento geral sobre os próximos passos a serem dados para a restrição do programa nuclear. Os representantes dos países envolvidos advertiram, contudo, que alguns temas importantes ainda precisam ser resolvidos.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, declarou, em comunicado conjunto com o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, que o projeto de um novo reator será alterado de modo que nenhum plutônio para armas possa ser produzido. A usina de Fordo, construída nas profundezas de uma montanha, permanecerá aberta, mas não será utilizada para o enriquecimento, e sim para pesquisa e desenvolvimento. Meios de comunicação iranianos declararam que o acordo estabelecerá que o Irã reduza em dois terços, de 19.000 a 6.000, o n��mero de centrífugas, que podem produzir combustível para energia nuclear, mas também o núcleo de uma bomba.
Federica afirmou ainda que as sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia serão levantadas depois que a agência nuclear da ONU verificar que o Irã cumpriu suas promessas. As potências esperam que o acordo torne virtualmente impossível para o Irã construir armas nucleares sob a fachada de seu programa nuclear civil. O presidente Barack Obama, em um pronunciamento na Casa Branca, disse que o acordo prevê “as inspeções mais robustas e intrusivas” já negociadas. Concluiu que, “se o Irã trapacear, o mundial vai saber disso”.
Por meio de seu perfil no Twitter, o chanceler Zarif disse que “soluções” tinham sido encontradas entre ele e os representantes do grupo formado pelos cinco membros do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha) mais a Alemanha. Também na rede social, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, escreveu que “parâmetros para resolver questões importantes” foram alcançados.
MPF denuncia caminhoneiros que bloquearam principal rodovia do país para pedir golpe
Regina Duarte derruba audiência da Globo com reprise de ‘Rainha da Sucata’
O que diz a primeira pesquisa presidencial após a prisão de Bolsonaro
Reação do governo Trump à prisão de Bolsonaro acende alerta no mercado
A reação de Damares à ordem para Bolsonaro cumprir a pena na sede da PF







