ENTREVISTO GILMAR MENDES NA SEGUNDA, NO RODA VIVA
Sim, estarei no programa Roda Viva, na segunda, entrevistando o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. De súbito, uma gangue de tontons-maCUTs invadiu o blog: “Ah, então você vai ao Roda Viva? Que vergonha!” Descobri depois que um blog petralha havia dado início a uma campanha contra a minha participação, divulgando os endereços eletrônicos […]
Trata-se de uma tática fascitóide para tentar silenciar adversários. A tentativa é a seguinte: “Se a Cultura receber muitas manifestações contrárias, não vai convidá-lo de novo para evitar chateação”. Ah, sim: afirmam ainda que estou “sempre” no Roda Viva porque sou “tucano e serrista”. Sempre? A última vez que estive no programa foi no dia 16 de abril de 2007 — portanto, há um ano e oito meses. Vale dizer: depois que o governador José Serra assumiu o cargo, é a minha segunda participação. Se esse é um dos índices para medir o meu “serrismo”…
Estive no Roda Viva pela primeira vez no dia 8 de maio de 1989, segundo informa o arquivo do programa, disponível na Internet. Em quase 21 anos, acho que nunca fiquei tanto tempo sem aparecer. Faço essas observações para evidenciar, uma vez mais, com que precisão opera essa gente, manipulada por mistificadores vulgares e decadentes ressentidos.
“Mas Reinaldo já escreveu textos em defesa de decisões de Mendes. Que isenção ele tem?” Ah, claro! Isentos são só aqueles que lincham o ministro, não é mesmo? Há nessa pressão, orquestrada, um esforço para me pautar e aos demais jornalistas convidados. A tática é velha e aborrecida: “A gente acusa manipulação do programa antes mesmo de ele acontecer, e os entrevistadores, então, partem para o pega-pra-capar contra o ministro”. Cada um fale por si. Fui do tipo que não fez xixi na cama nem quando isso era considerado normal para a idade. Não será agora. Como tenho dito nos encontros com os leitores, não me deixo pautar por aqueles que me detestam e que repudiam o que penso. Assim, como de hábito ao entrevistar alguém e como sempre fiz no Roda Viva, vou perguntar o que acho que devo. Nem mais duro porque me sinta desafiado pela canalha nem mais caroável como resposta à provocação.
Tentarei confirmar amanhã, com a produção do programa, os nomes dos demais entrevistadores. Se Deus, Darwin, Protógenes, De Sanctis ou Lula (listei do menos para o mais importante…) derem entrevista ao Roda Viva, a emissora pode me chamar se quiser. Farei indagações a todos quase com o mesmo prazer. Digo quase porque tenho um pouco mais de intimidade com o primeiro. Conversamos sempre. Ele nunca fala. Mas ouve que é uma barbaridade! Tudo bem: os claros deixados por Deus são sempre preenchidos por Lula…
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