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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Em dois dias, 10 mortos nas estradas em decorrência de protestos. E o PT conclama a sua militância a sair às ruas, com apoio a greves. Ou: Afinal, Lula está doente ou não?

Entre a noite de quarta e madrugada desta quinta, 10 pessoas morreram em decorrência do bloqueio de estradas. Na Bahia e em Minas, acidentes resultaram em nove mortos. No Rio Grande do Sul, um caminhoneiro foi atingido por uma pedrada no pescoço e morreu. Ele já tinha sido agredido no rosto e pedira ajuda à […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 05h50 - Publicado em 5 jul 2013, 09h15

Entre a noite de quarta e madrugada desta quinta, 10 pessoas morreram em decorrência do bloqueio de estradas. Na Bahia e em Minas, acidentes resultaram em nove mortos. No Rio Grande do Sul, um caminhoneiro foi atingido por uma pedrada no pescoço e morreu. Ele já tinha sido agredido no rosto e pedira ajuda à Polícia Rodoviária Federal, que passou a escoltá-lo, mas de longe. Ouvido pela Folha, Nélio Botelho, líder da paralisação dos caminhoneiros, lamentou o caso, mas disse que “isso pode acontecer”.

Cadê Dilma Russeff?

Está acuada. Por Lula e pelo PT. Ele a critica por intermédio dos seus estafetas. Os petistas acusam a presidente de não dialogar com os movimentos sociais, seja lá o que isso signifique. Dado o ambiente, que não é dos mais hospitaleiros para a chefe do Executivo, o papel do partido seria diminuir a tensão. Nada! Decidiu fazer justamente o contrário e optar pela saída à esquerda. O Diretório Nacional emitiu ontem uma nota em que saúda “o caráter progressista que se consolidou no rumo das manifestações em curso, com suas reivindicações políticas, econômicas e sociais profundamente identificadas com a trajetória e programa do Partido dos Trabalhadores e das forças que se uniram para governar o Brasil sob a condução da Presidenta Dilma”.

Sim, claro!, o texto canta as glórias da presidente e coisa e tal, mas conclama “a militância petista nos movimentos sociais a que assumam decididamente a participação nas manifestações de rua em todo o país, em particular no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações convocada por ampla coalizão de centrais sindicais e movimentos populares para o próximo dia 11 de julho, em defesa da pauta da classe trabalhadora para o país e da Reforma Política com Participação Popular”. O texto prega ainda a Constituinte exclusiva para fazer a reforma política.

Lula
Chegou a hora de falar claramente sobre o que anda nas bocas e nos becos: há uma especulação danada, inclusive entre jornalistas, sobre a saúde de Lula. Alguém diz: “Ah, sei de fonte segura que a doença voltou”. Outro, com fonte não menos segura: “Ele está saudável como nunca!”. Informo: no próprio petismo e no governo, a especulação corre solta. A dúvida se tornou um caso político relevante? É evidente que sim! Uma coisa é absolutamente certa: seu silêncio, ao menos de própria voz, não é corriqueiro. Tem falado, por intermédio de terceiros, mas para criticar… Dilma! Sabemos que ele considerou um erro a história da Constituinte, que acha sua criatura e sucessora “teimosa”, que defende que ela reduza o número de ministérios e mude a equipe econômica.

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Tudo isso pra quê? Pra nada? É bom saber como as coisas funcionam no petismo, um partido que tem, enquanto Lula for Lula, dono. A nota pregando a saída pela esquerda e a participação da militância em protestos não sairia sem o seu endosso. Se o Babalorixá estiver saudável, é evidente que considera a hipótese de entrar em campo — como disse Gilberto Carvalho ainda em 2011, o partido tem “o Pelé no banco”. Se estiver doente, a mobilização pode assumir uma dimensão messiânica. Em qualquer dos casos, o partido, ao menos no discurso de rua, resolve dar uma guinada à esquerda. Ela serve para qualquer cenário: para um Lula saudável, com chances reais e disputar a eleição de 2014, ou para um Lula que falaria em nome de um legado.

Num caso ou noutro, Dilma, como é evidente, não apita nada! Para ela e para seu governo, o bom seria que as ruas fossem voltando aos poucos à normalidade. O tal dia de luta só servirá para dar combustível novo aos protestos. Ocorre que o PT não tem como negar a sua natureza. Quer que os aparelhos sindicais que domina — mais uma miríade de ONGs a seu serviço — assumam o controle das manifestações e lhes torça a pauta. Na tal resolução, e isso não poderia faltar, há também o controle da mídia.

Depois do discurso de Dilma em favor da ordem, 10 já morreram. E o PT, como se lê, pregou de novo que seus aparelhos disputem a influência nas ruas. A questão é saber: contra quem?

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