Em carta, diretora acusa Tuma Jr.
Por Vannildo Mendes, no Estadão:Em carta ao ministro da Justiça, Tarso Genro, e a superiores, a ex-diretora-geral do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) Maria Rosa Guimarães Lola disse que renunciou ao cargo no início da semana como conseqüência de politização imposta ao órgão pelo secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma […]
Por Vannildo Mendes, no Estadão:
Em carta ao ministro da Justiça, Tarso Genro, e a superiores, a ex-diretora-geral do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) Maria Rosa Guimarães Lola disse que renunciou ao cargo no início da semana como conseqüência de politização imposta ao órgão pelo secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. Ela e a ex-diretora-adjunta Carolina Yume se dizem incompatibilizadas com o direcionamento político de Tuma Júnior. Um dos principais e mais eficientes sistemas de rastreamento de dinheiro brasileiro em circulação irregular no exterior, a DRCI alimenta diversas investigações dentro e fora do Brasil, com dados sigilosos de movimentações financeiras consideradas suspeitas, incluindo de políticos e empresários. As renúncias de Maria Rosa e Carolina ocorreram depois que reportagem da revista Veja indicou a formação de dossiês por parte de Tuma Júnior, a quem é atribuída a frase que teria sido dita aos demissionários: “Eu quero saber de todos os casos que envolverem políticos, para poder cobrar a fatura depois.” Em um trecho da carta ao ministro, a diretora demissionária diz: “Tenho a convicção de que o secretário precisa de liberdade para impor seu direcionamento político e seu sistema de administração, relacionando-se com seus departamentos como melhor lhe parecer.”
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