Educação no Brasil: na rabeira do mundo
Leiam o que está na UOL Notícias. Volto depois: O Brasil é um dos países com pior nível de educação de ciências para estudantes de 15 anos, segundo uma lista de 57 países organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com a lista, a ser publicada em detalhes na semana […]
Leiam o que está na UOL Notícias. Volto depois:
O Brasil é um dos países com pior nível de educação de ciências para estudantes de 15 anos, segundo uma lista de 57 países organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com a lista, a ser publicada em detalhes na semana que vem, o Brasil fica à frente apenas de Colômbia, Tunísia, Azerbaijão, Catar e Quirguistão. O estudo testou as habilidades de mais de 400 mil estudantes nos 57 países que, juntos, correspondem a cerca de 90% da economia mundial. Os estudantes da Finlândia ficaram em primeiro lugar, seguidos pelos de Hong Kong (na China) e do Canadá.
A pesquisa, baseada em testes realizados em 2006, é o principal instrumento de comparação internacional do desempenho entre estudantes do ensino médio. O teste mediu basicamente o conhecimento de ciências, mas também mediu a capacidade de leitura e incluiu noções de matemática, e como os estudantes aplicavam esse conhecimento para resolver problemas do dia-a-dia. O estudo afirma que os resultados têm confiabilidade de 95% e que o Brasil estaria entre as posições 50 e 54 da lista.
Ao comentar a lista, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, disse que ela é uma ferramenta para ajudar os governos a definir suas políticas de educação. “Na economia global competitiva de hoje, educação de qualidade é um dos bens mais valiosos que a sociedade e um indivíduo podem ter”, disse ele. Segundo Gurría, “a lista é muito mais do que um ranking. Ela mostra o quão bem os sistemas de educação individuais estão equipando os jovens para o mundo de amanhã. Antes de mais nada, mostra aos países seus pontos fracos e fortes.” O estudo sobre educação da OCDE é publicado a cada três anos. O documento completo será publicado no próximo dia 4 de dezembro.
Voltei
Vejam lá o que se está ensinando nas aulas de geografia do Colégio São Bento, uma escola particular, certamente colocada entre as melhores do Rio. Ajuda a explicar o quadro.
Os professores têm salários baixos no Brasil? Têm, sim, mas, acreditem, superior à da média dos brasileiros. A infra-estrutura em muitos estados é precária? Claro que sim, sabemos disso. Mas tem melhorado nos últimos anos. Só o que não muda é a qualidade lastimável do ensino. Estou deixando claro, de saída, que é evidente que considero que as condições materiais em que se dá aula têm importância. Mas são apenas um fator.
Mais determinante do que elas, certamente, é a formação intelectual do professor. Nesse caso, estamos falando do horror. E de um horror continuado, que tende a piorar muito, direi em outro post por quê.
E não, não menosprezem a importância dessa praga militante que tomou conta das escolas. O professor entra em sala de aula para levar o aluno a julgar a realidade, não a compreendê-la.