Do pragmatismo stalinista à porra-louquice trotskista
Pois é… Enquanto José Dirceu dava as cartas no, chamemos assim, “Sistema”, ele tinha certo método. Sabem como é… O homem nunca foi um teórico do stalinismo, mas sempre foi um stalinista empírico. Ele foi montando o sistema de informações e ocupação das instâncias do estado, em parceria com a máquina sindical, e lhe emprestava […]
O “Sistema”, desde sempre uma máquina de intimidar adversários, mesmo quando o PT estava fora do poder — seus esbirros sempre estiveram em órgãos do estado colhendo informações sigilosas contra adversários —, acabou mudando de mãos. Saiu do controle centralizado de Dirceu, e fatias foram parar nas mãos de Tarso Genro: do stalinismo pragmático para o trotskismo irresponsável. Outro ex-trotskista da turma é a personagem oculta nessa história toda: Luiz Gushiken. Este, aliás, vinha perdendo todas as paradas — e a última delas foi a compra da Brasil Telecom pela Oi.
A operação que vimos — que, creio, abrirá rombos no próprio “Sistema”, já desarticulado — é fruto de modelo repressivo trapalhão, que vai se desfazendo por causa das guerras comerciais. Mas que pode causar estragos na vida de gente inocente. Tem de ser contido.
Anotem: isso nada tem a ver com moralização. Isso é só a expressão mais acabada de uma imoralidade.