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Reinaldo Azevedo

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Dirceu na imprensa burguesa em busca da anistia

Por Malu Delgado na Folha desta sexta: “Um ano após ter o mandato cassado, impossibilitado de se candidatar a qualquer cargo eletivo até 2015, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de Oliveira e Silva, 60, afirma, em entrevista à Folha, que sua vida profissional, pessoal e política está ‘organizada e serena’. A obsessão de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 jun 2024, 07h47 - Publicado em 1 dez 2006, 03h23
Por Malu Delgado na Folha desta sexta: “Um ano após ter o mandato cassado, impossibilitado de se candidatar a qualquer cargo eletivo até 2015, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de Oliveira e Silva, 60, afirma, em entrevista à Folha, que sua vida profissional, pessoal e política está ‘organizada e serena’. A obsessão de Dirceu é recuperar a elegibilidade. Ele alega não ter condições de responder qual cargo disputaria caso consiga a anistia. Apenas nega pretensões de disputar a Presidência da República. Dirceu sinaliza que vai trabalhar para que seu pedido de anistia (uma emenda constitucional) seja encaminhado ao Congresso em 2007, por iniciativa da sociedade, como prevê a Constituição. No escritório de sua consultoria, em São Paulo, onde falou por quase duas horas, Dirceu ostenta na parede fotografias ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Recordações do tempo em que era o homem forte da República. Ele admite manter contato com o presidente, mas não freqüentes. Diz que trabalhou dia e noite para reelegê-lo -“tenho relações”-, e fez o mesmo para ajudar José Genoino e Antonio Palocci a reconquistarem cadeiras na Câmara. Ácido em relação à política econômica, diz que ‘a diretoria do Banco Central’ é altamente conservadora. Ele defendeu a redução do superávit para que os investimentos públicos cheguem a 3% do PIB. Leia a seguir trechos da entrevista.
FOLHA – O sr. está mesmo decidido a trabalhar pela anistia já em 2007?
JOSÉ DIRCEU – Veja bem: meu principal foco agora é me defender no Supremo Tribunal Federal e provar a minha inocência. Eu quero ser processado e julgado o mais rápido possível. Sou contra que haja prescrição, impunidade. Eu não tenho medo, não temo a Justiça. Não vejo na denúncia do Procurador Geral da República, por mais que eu leia e releia, como eu possa ser condenado sem provas. Não pratiquei nenhum dos crimes que me foram atribuídos. A anistia é uma questão da Câmara e daqueles que estão dispostos a iniciar esse movimento e a sustentá-lo. No momento adequado. O correto seria fazer já no ano que vem, ainda que o ideal fosse fazê-lo depois que o Supremo tomasse uma decisão.
(…)
FOLHA – Do que o sr. sentiu mais falta fora de Brasília?
DIRCEU –
De Brasília. Eu gosto da cidade. Não [sinto falta] do governo. Tenho noção que do governo você participa num período determinado.
(…)
FOLHA – O PIB no terceiro trimestre foi de 0,5%. Deve fechar o ano em menos de 3%. Ainda assim o sr. acredita em crescimento de 5%?
DIRCEU –
Claro que dá. O Brasil está modernizando suas ferrovias quase que de maneira silenciosa. E não pode resolver problemas de portos? O que precisa é decisão política, vontade política, e de quebrar a burocracia e os entraves.
(…)
FOLHA – E o slogan antiprivatizações adotado por Lula?
DIRCEU –
E com razão, contra a idéia de privatizar Petrobras, BB e Caixa Econômica. O Brasil é um dos únicos países da América Latina que tem os fundos de pensões, tem o FAT, tem os bancos públicos de fomento e desenvolvimento. O BNDES tem um programa maior que o Banco Mundial. Como é que você vai [privatizar]?
FOLHA – A campanha antiprivatização então é restrita? O resto pode [privatizar]?
DIRCEU – Pode e deve.
(…)
FOLHA – O sr. diz que não faz lobby. Mas tem informações privilegiadas.
DIRCEU –
Eu não fui ministro da Fazenda nem presidente do Banco Central, não sou presidente de banco. Eu faço o que todo mundo faz. Dou palestras, traço cenários. O presidente Fernando Henrique Cardoso pode e eu não? Eu obedeci ao que a lei manda. Faz um ano e meio que eu saí do governo. Não tenho nenhuma relação com o governo. Eu trabalho 12, 14 horas por dia. Eu leio tudo o que está acontecendo. Assinante lê mais aqui
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