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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

Diógenes

Diógenes em seu barril: peguem a lamparina Um Engov, por favor. Dois! Um antes, outro depois Tarso Genro, ministro das Relações Institucionais, classificou de “madura” proposta de acordo do PT feita ao PMDB segundo a qual os dois partidos rachariam o comando da Câmara nos próximos quatro anos. Os peemedebistas apoiariam agora o petista Arlindo […]

Por Reinaldo Azevedo 21 dez 2006, 17h06 • Atualizado em 31 jul 2020, 22h52
  • diogenes-waterhouse
    Diógenes em seu barril: peguem a lamparina
    Um Engov, por favor. Dois! Um antes, outro depois

    Tarso Genro, ministro das Relações Institucionais, classificou de “madura” proposta de acordo do PT feita ao PMDB segundo a qual os dois partidos rachariam o comando da Câmara nos próximos quatro anos. Os peemedebistas apoiariam agora o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP), e os petistas, um candidato do PMDB em 2009. A combinação, como se vê, prega um pé no traseiro de Aldo Rebelo (PC do B-SP), que sai destroçado do episódio do aumento salarial. Destroçado e traído pelo PT, que o deixou falando sozinho, ficou exposto à fúria até do bispo. Bom comunista, ele disse estar em companhia de Deus…

    Os peemedebistas devem medir direitinho as conseqüências. Se Aldo está sendo traído agora, não há nenhuma boa razão para que os petistas não traiam o PMDB no futuro. Não existe acordo firmado em cartório para essas coisas. A palavra do PT que vale é sempre a última. Não sei se entendem: é um partido cheio de “últimas palavras”.

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    O ministro também se congratulou com o Congresso pela “decisão madura” de ter deixado o debate sobre o reajuste dos salários para o ano que vem. Entenderam? Parece que esta sempre foi a escolha e a indicação do Planalto. É mentira! O PT participou ativamente da decisão de elevar os salários em 91%. Era a medida que cimentava o apoio das bases para a reeleição de Aldo Rebelo e Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência, respectivamente, da Câmara e do Senado. Mas o Lula e o PT conseguiram dar nó em pingo d’água, saindo ilesos do embate. Por enquanto, o governo joga sozinho, sem oposição partidária organizada, exceção feita a dois deputados: Fernando Gabeira (PV-RJ) e Raul Jungmann (PPS-PE). Aliás, vou pedir a ambos que me enviem a lista de outros que estejam ajudando a salvar a honra do Congresso e que, eventualmente, não estejam presentes no noticiário.

    Viram só? Já estou como Diógenes, o de Sínope (não o Laércio), saindo por aí com uma lamparina à procura de homens honestos. Só me falta morar dentro de um barril. Ao cínico, atribui-se uma frase impagável ao ser surpreendido masturbando-se: “Que bom se pudéssemos matar a fome só esfregando a barriga”. Seria o fim da história, hehe. O verdadeiro desenvolvimento sustentado. E sem Estado!

    O filósofo grego é citado por Padre Vieira no magnífico Sermão do Bom Ladrão: “Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: — Lá vão os ladrões grandes a enforcar os pequenos.” É isso aí.

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