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Reinaldo Azevedo

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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura

De atos imorais e ilegais

O Primeiro-Compadre da República, Roberto Teixeira, afirmou que vai falar ao Senado. É o conveniente, ou sempre restará a suspeita de que até ele considera ter algo a esconder. Aqui e ali leio coisas estarrecedoras, algumas saídas da lavra de jornalistas, o que é mais grave porque um sintoma de que também os mecanismos de […]

Por Reinaldo Azevedo 17 jun 2008, 06h35 • Atualizado em 31 jul 2020, 19h21
  • O Primeiro-Compadre da República, Roberto Teixeira, afirmou que vai falar ao Senado. É o conveniente, ou sempre restará a suspeita de que até ele considera ter algo a esconder. Aqui e ali leio coisas estarrecedoras, algumas saídas da lavra de jornalistas, o que é mais grave porque um sintoma de que também os mecanismos de vigilância foram conspurcados pela cultura companheira. Das enormidades, a mais constrangedora é esta: Teixeira teria cometido apenas um pecado ético.

    Uau!!! O petismo trouxe, sem dúvida, algumas inovações para o cenário político. Eles são, por exemplo, especialistas em eufemismos. O maior deles, como sabem, é a expressão “recursos não-contabilizados”, com que Delúbio Soares conferiu dignidade ao dinheiro ilegal que irriga campanhas políticas. Mas, desta feita, a inovação é mesmo arrasadora: nunca antes a ética tinha sido usada como cortina de fumaça para encobrir tráfico de influência, que é crime.

    No depoimento cuidadoso que deu no Senado — afinal, ela não tem imunidade parlamentar —, Denise Abreu considerou que, quando menos, Teixeira havia praticado atos imorais. Jamais levante a guarda para um petista, dando-lhe a chance de se acoitar num crime menor: ele necessariamente aproveitará a oportunidade para, assim, esconder o crime maior. E foi o que se viu. Posta a questão dos “atos imorais”, a corriola petralha viu ali uma janela de oportunidades: “Ah, é só um ato imoral? Então não é ilegal!” E tudo lhes pareceu, de súbito, resolvido.

    A reconstituição histórica do episódio é cristalina, como Diogo Mainardi evidenciou em sua coluna a partir do depoimento dado por Denise: a primeira “orientação” de Dilma era um plano de contingência para redistribuir as linhas da Varig. A segunda, a venda da empresa para o consórcio liderado por Lap Chan, para quem Teixeira advoga hoje em dia. Entre uma “oprientação” e outra, com menos de um mês de distância, qual a novidade? A entrada em cena do “abridor de portas”: Teixeira — aquele a quem Dilma internamente chamava de “Papai”.

    Na entrevista concedida ao Jornal do Brasil, Lula fez o que lhe cabia: voltou a comparar o depoimento de Denise a uma laranja sem sumo — ou “suco”, como disse, em seu peculiar método de entender o mundo sempre por aproximação. Denise não teria apresentado “as provas” — como se lhe coubesse exibir um ato de ofício com as digitais de Dilma Rousseff. Ora… A verdade é bem outra, não? A denúncia essencial de Denise está comprovada: os sócios brasileiros da VarigLog, de fato, eram um invenção de um fundo estrangeiro. E todas as autoridades envolvidas no negócio consideraram que não era seu papel comprovar a origem do dinheiro: Anac, juiz ou governo. Então era atribuição de quem?

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    Até a entrada de Teixeira no negócio, o entendimento unânime dos escritórios de advocacia mais importantes do país era o de que a questão da sucessão da dívida era insolúvel. Menos para um homem, Roberto Teixeira, aquele capaz de fazer o que aos outros parece “impossível”. De fato: afinal, ninguém tem algumas das qualidades circunstanciais deste jurista que a todos assombra com a sua expertise.

    É… Com efeito, não deixa de ser uma questão TAMBÉM moral!

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